Caravana de imigrantes da América Central em direção aos Estados Unidos (Hannah McKay/Reuters)
EFE
Publicado em 18 de dezembro de 2018 às 18h24.
Cidade do México - O chanceler do México, Marcelo Ebrard, anunciou nesta terça-feira um programa de cooperação bilateral com os Estados Unidos que prevê investimentos bilionários no sul do país e na América Central para promover o desenvolvimento das duas regiões e, assim, conter a imigração.
"México e EUA se comprometem hoje a fortalecer e ampliar nossa cooperação bilateral para fomentar o desenvolvimento econômico e ampliar os investimentos no sul do México e na América Central, criando assim uma região de prosperidade", disse o chanceler.
A estratégia de tentar fortalecer os países do Triângulo Norte da América Central (El Salvador, Guatemala e Honduras) foi desenvolvida pelo novo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, ainda na transição, tornando-se um acordo assim que ele assumiu o poder.
Segundo o chanceler mexicano, o governo de Donald Trump se comprometeu a repassar US$ 5,8 bilhões para promover reformas institucionais e o desenvolvimento econômico do Triângulo Norte.
Para o sul do México, os americanos devem destinar US$ 2 bilhões, que se somarão aos US$ 25 bilhões que o governo de López Obrador quer investir na região ao longo dos cinco anos de mandato.
Após ler a declaração conjunta assinada pelos dois países, Ebrard disse estar otimista com o plano, que visa tornar a América Central mais próspera e segura por meio de investimentos.
"Estamos comprometidos a promover um forte crescimento econômico regional, gerar empregos melhor remunerados e mais oportunidades para nossos cidadãos", destacou Ebrard.
O chanceler anunciou também uma reunião de funcionários do alto escalão dos governos de México e EUA em janeiro de 2019 para avaliar o plano e criar um marco estratégico.
O programa conjunto, segundo Ebrard, faz parte das propostas enviadas por López Obrador, ainda no período de transição, a Trump. Na mensagem, o presidente mexicano sugeriu ideias para lidar com o fenômeno de imigração e ganhar o apoio do líder republicano. EFE