Drogas: narcotráfico foi um dos pontos destacados por Peña Nieto como desafios em cúpula (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2015 às 17h13.
Bruxelas - O presidente do México, Enrique Peña Nieto, se mostrou favorável nesta quarta-feira a um "debate amplo, aberto e inclusivo" sobre a questão das drogas, ao discursar na sessão plenária da II Cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos com a União Europeia (Celac-UE).
Peña Nieto indicou que para o México, um dos países latino-americanos que mais sofre com o narcotráfico, "a melhor forma de lidar com este problema mundial é através da prevenção, não só do consumo, mas de todos os danos sociais que o mercado ilícito de drogas produz".
"Com a prevenção estamos reconstruindo e fortalecendo o tecido social, a coesão humanitária e o sentido de pertencimento", manifestou.
Ele anunciou que o México continuará "a fomentar a cooperação internacional", ao lembrar que seu governo "apoiou a iniciativa de realizar ano que vem uma sessão especial da Assembleia Geral das Nações Unidas para abordar este tema".
Para ele, "só através de um debate amplo, aberto e inclusivo será possível avaliar os resultados obtidos nas últimas décadas e, mais importante ainda, definir um novo enfoque integral para sua atenção".
O governante mexicano expressou sua confiança "de que a participação da Organização Mundial da Saúde e da sociedade civil gerará um clima favorável" para alcançar esse nível de diálogo.
"As expectativas desta sessão são altas porque os custos sociais do consumo e tráfico de drogas são cada vez mais elevados", concluiu.
O narcotráfico foi um dos pontos destacados por Peña Nieto como desafios da cúpula Celac-UE, mas também o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e a mudança climática.
O presidente mexicano lembrou que dentro de seis meses termina o prazo para cumprir essas metas, adotadas em 2000, e afirmou que o México espera chegar no final de 2015 com um nível de cumprimento de 84%.
Peña Nieto reconheceu que ainda há "importantes desafios para superar" e considerou que o espírito que deu origem aos desafios "não só deve se manter em vigor, mas se renovar e atualizar, levando em conta os novos desafios globais".
Sobre o aquecimento global, pediu que os países atuem "em conjunto, com determinação", além de lembrar que os custos de não fazer nada "poderiam representar até 20% do Produto Mundial Bruto".
O presidente ressaltou que este assunto é para o México um "compromisso de Estado" e, por isso, contribuiu com US$ 10 milhões ao Fundo Verde e com US$ 20 milhões ao Fundo Mundial para o Meio Ambiente.