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Mexicano se suicida em fronteira após tentar voltar aos EUA

Homem, de 44 anos, pulou de uma ponte na fronteira da Tijuana um dia após tentar retornar aos Estados Unidos pela terceira vez

Fronteira: um dia antes, o homem foi detido por autoridades migratórias americanas, que o devolveram ao seu país (Edgard Garrido/Reuters)

Fronteira: um dia antes, o homem foi detido por autoridades migratórias americanas, que o devolveram ao seu país (Edgard Garrido/Reuters)

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AFP

Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 14h45.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2017 às 14h45.

Um mexicano que se suicidou na última terça-feira se jogando de uma ponte fronteiriça de Tijuana estava tentando retornar aos Estados Unidos ilegalmente, depois de já ter sido deportado, informou nesta quinta-feira a procuradoria local.

"Há um ano e sete meses foi deportado e estava radicado aqui em Tijuana", explicou à Rádio Fórmula mexicana o vice-procurador Jorge Alberto Alvarez, do estado da Baixa Califórnia, no noroeste do México.

O homem, Guadalupe Olivas Valencia, de 44 anos, vivia em Tijuana, mas na segunda-feira tentou entrar nos Estados Unidos, acrescentou. Na ocasião, foi detido por autoridades migratórias americanas, que o devolveram ao seu país, segundo as investigações.

"Temos uma testemunha que observou esta pessoa que vinha correndo, subindo na ponte (...) e disse 'não se jogue'. A pessoa (Olivas) respondeu: 'não tenho outra alternativa, o que fiz não tem solução, não tem saída' (...) e em questão de segundos se jogou", afirmou Alvarez.

Esta foi a terceira vez que Olivas foi deportado dos Estados Unidos, onde em duas ocasiões foi detido por temas relacionados a drogas, segundo a procuradoria.

Na segunda-feira tentou se fazer passar por um morador, mas foi detido pelas autoridades migratórias americanas, que o devolveram ao México na manhã de terça-feira.

O presidente americano, Donald Trump, anunciou medidas que reforçam os controles migratórios e que buscam deportar boa parte dos 11 milhões de ilegais, em sua maioria mexicanos.

Trump, que classificou os ilegais mexicanos de "criminosos", desencadeou em janeiro uma crise diplomática com o México ao assinar decretos que autorizam a construção de um novo muro fronteiriço, que insiste que seja financiado pelo governo mexicano.

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