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Metrópoles sul-americanas debatem governança e cidadania

Representantes de metrópoles da América do Sul debatem de hoje até sexta as relações entre as prefeituras e os moradores das grandes cidades


	Bandeiras do Mercosul: encerramento do colóquio, que ocorre na sexta-feira, contará com a participação do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad
 (Norberto Duarte/AFP)

Bandeiras do Mercosul: encerramento do colóquio, que ocorre na sexta-feira, contará com a participação do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (Norberto Duarte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2015 às 21h53.

Montevidéu - Representantes de metrópoles da América do Sul debatem de hoje até sexta-feira, na sede do Mercosul, em Montevidéu, as relações entre as Prefeituras e os moradores das grandes cidades, e o papel que a educação e a cultura têm para enfrentar os problemas dos centros urbanos.

O encontro ocorre no marco do quarto e último colóquio MSur, uma série de debates promovida neste ano pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e a Prefeitura de São Paulo, que conta, além disso, com o apoio do gabinete do Alto Representante Geral do Mercosul, Florisvaldo Fier.

Mais conhecido como doutor Rosinha, Fier disse à Agência Efe que a série de colóquios MSur tem o objetivo de debater os grandes temas que envolvem as metrópoles da América Latina.

"Em muitas ocasiões, são temas comuns, como, por exemplo, as questões ambientais, o transporte, a mobilidade urbana, e se trata de trocar experiências entre prefeitos e administradores das grandes metrópoles da América", afirmou.

Rosinha também destacou o tema das cidades fronteiriças como um dos pontos a serem debatidos. E disse que seria bom para resolver o problema "um fundo de convergência estrutural".

No que diz respeito aos eixos deste quarto colóquio, o alto representante avaliou o respeito à cidadania e à cultura de todos os povos como uma maneira de gerar integração e identidade comum.

"Esse quarto colóquio é o mais complexo porque tentaremos estabelecer as relações entre os governos das cidades e seus cidadãos", disse à Efe o secretário municipal de Relações Internacionais e Federativas de São Paulo, Vicente Trevas.

"Além disso, falaremos sobre os papéis desempenhados pela educação e a cultura no processo de integração social e regional, e na busca de uma maior coesão social entre nossos povos", acrescentou o representante brasileiro no encontro.

Governança, cidadania, educação e cultura são os quatro eixos deste quarto colóquio, que sucede os que foram realizados em Santiago, São Paulo e Quito. As três primeiras edições abordaram temáticas como os ecossistemas urbanos e a sustentabilidade, o desenvolvimento e as desigualdades, e o trabalho e a renda.

O objetivo é a formulação de proposições para uma nova agenda estratégia urbana compartilhada que reflita no Mercosul, na União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e na terceira conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável (Habitat III), que será realizada em Quito, em 2016.

"O grande desafio é constituir uma nova agenda urbana para os grandes centros urbanos metropolitanos e estamos realizando esses colóquios para estabelecer uma plataforma programática para as grandes cidades sul-americanas", explicou Trevas.

Sobre o papel desempenhado por São Paulo, disse o secretário municipal, que por ser a maior aglomeração urbana da América do Sul, a cidade serve como uma espécie de "laboratório" no qual as demais encontram "uma escala para revelar suas complexidades".

O encerramento do colóquio, que ocorre na sexta-feira, contará com a participação do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o governador de Montevidéu, Daniel Martínez. 

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