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Metrô/SP tem presidente condenado por improbidade

Junto a outros 17 executivos, Peter Walker foi condenado por improbidade quando esteve à frente da Sanasa, empresa de Campinas responsável pelos serviços de água e esgoto

É a segunda vez em nove dias que o governo do Estado indica para chefiar o Metrô um executivo condenado em primeira instância por improbidade administrativa  (Wikimedia Commons)

É a segunda vez em nove dias que o governo do Estado indica para chefiar o Metrô um executivo condenado em primeira instância por improbidade administrativa (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2012 às 11h21.

São Paulo - Pela segunda vez em nove dias, o governo do Estado nomeou para chefiar o Metrô um executivo condenado em primeira instância por improbidade administrativa. O nome do engenheiro Peter Walker, atual secretário-adjunto dos Transportes Metropolitanos, foi anunciado ontem pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). Sua condenação foi em 2010, mas o recurso ainda está em andamento.

Junto a outros 17 executivos, o novo presidente foi condenado por improbidade quando esteve à frente da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa), empresa de Campinas responsável pelos serviços de água e esgoto. O Ministério Público Estadual os acusou de terem contratado servidores de forma irregular entre 1988 e 1996.

Pela sentença de outubro de 2010, Walker foi condenado à perda de direitos políticos por três anos e, pelo mesmo período, proibido de manter contratos com o poder público. Além disso, o juiz Mauro Iuji Fukumoto, da 1.ª Vara da Fazenda Pública de Campinas, determinou pagamento de multa equivalente a dez vezes seu salário como presidente da Sanasa. Walker apelou contra a decisão e, como o processo ainda corre, ele não teve de cumprir as penalidades.

No Metrô, o engenheiro substituirá José Kalil Neto, ex-diretor de Finanças da companhia, indicado ao posto na quarta-feira da semana passada. No dia seguinte, após o Estado revelar que Kalil Neto tinha sido condenado em primeira instância também por improbidade administrativa, o governo recuou da nomeação.

Datada de 2007, a condenação de Kalil Neto se deu por contratação irregular de escritório de advocacia quando era diretor da empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa). O escritório contratado por Kalil é o mesmo que fez a defesa de Walker, indicado para a presidência do Metrô pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, que também é de Campinas. "Sempre quem escolhe presidente de empresa é o secretário. Não tem política", afirmou ontem o governador Geraldo Alckmin, que disse ter aceito o nome de Walker por "sua capacidade técnica, de engenheiro eletricista, sua competência e sua expertise". "Ele já é secretário adjunto desde o começo do governo e conhece tudo de Metrô e CPTM", completou.

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