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Método Trump não é ideal em crise norte-coreana, diz França

Governo francês fez referência ao duelo verbal entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a Coreia do Norte

Jean-Yves Le Drian: "o método de Trump talvez não seja o melhor, mas ao mesmo tempo não deveríamos confundir as responsabilidades" (Sergei Karpukhin/Reuters)

Jean-Yves Le Drian: "o método de Trump talvez não seja o melhor, mas ao mesmo tempo não deveríamos confundir as responsabilidades" (Sergei Karpukhin/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de setembro de 2017 às 12h03.

Paris - O ministro das Relações Exteriores da França disse nesta quarta-feira que o duelo verbal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a Coreia do Norte talvez não seja o melhor método para se lidar com a crise nuclear e pediu a ele para concentrar sua atenção no aumento da pressão diplomática sobre Pyongyang.

Declarações beligerantes de Trump e do líder norte-coreano, Kim Jong Un, nas últimas semanas despertaram temores de que um erro de cálculo provoque ações com repercussões inimagináveis, especialmente depois que o regime realizou seu sexto e maior teste nuclear no dia 3 de setembro.

"O método de Trump talvez não seja o melhor, mas ao mesmo tempo não deveríamos confundir as responsabilidades", disse Jean-Yves Le Drian à BFM TV.

"O país que está rompendo os acordos nucleares internacionais é a Coreia do Norte. O presidente Trump está reagindo a isso vigorosamente, mas sem dúvida existe uma maneira de agir de maneira diferente usando pressão e sanções."

Na segunda-feira o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong Ho, acusou Trump de declarar guerra a seu país e alertou que Pyongyang abaterá aviões de guerra dos EUA próximos da Península Coreana depois que bombardeiros norte-americanos voaram perto da região no final de semana.

O chanceler norte-coreano reagiu a tuítes nos quais Trump disse que Kim e Ri "não estarão por perto muito mais tempo" se cumprirem suas ameaças contra os EUA.

Le Drian repetiu que é preciso fazer o máximo de pressão para Pyongyang voltar à mesa de negociação, mas alertou que existe o risco de uma escalada militar acidental.

"O mundo está vivendo um período perigoso", disse. "No momento estamos em um choque verbal, mas pode acontecer um incidente. Precisamos evitar incidentes."

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