Metrô de Buenos Aires: apesar da conciliação obrigatória imposta pelas autoridades da capital argentina, os funcionários do transporte subterrâneo entram no sétimo dia consecutivo de greve (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2012 às 11h46.
Buenos Aires - O metrô de Buenos Aires começou nesta sexta-feira seu sétimo dia consecutivo de greve apesar da conciliação obrigatória ditada pelas autoridades da capital da Argentina para pôr fim a um conflito que afeta cerca de um milhão de usuários.
O serviço continuava paralisado hoje pelos trabalhadores, que reivindicam um aumento salarial de 28% que a empresa a cargo da concessão, Metrovías, diz não poder arcar por falta de recursos.
Por um pedido judicial, o Subsecretariado de Trabalho de Buenos Aires convocou ontem as partes a uma instância de negociação que, após várias horas de reunião, finalizou sem acordos, após o que os trabalhadores decidiram estender a greve para esta sexta-feira.
O Subsecretariado de Trabalho de Buenos Aires ditou então a conciliação obrigatória neste conflito e convocou as partes para uma nova reunião hoje.
A greve, iniciada na noite da sexta-feira passada, gera um caos no trânsito da cidade, abarrotada de automóveis e com os serviços de ônibus colapsados.
O metrô é eixo de um conflito entre o prefeito de Buenos Aires, o conservador Mauricio Macri, e o governo da presidente Cristina Kirchner, que repassou em janeiro a gestão do serviço à cidade, mas sem manter os subsídios milionários que lhe destinava.