Santiago — A maior manifestação popular ocorrida no Chile desde o fim da ditadura comandada por Augusto Pinochet reuniu em diversas ruas da capital Santiago pelo menos uma multidão de pessoas nesta sexta-feira (25), quando se completa uma semana do início dos protestos contra o governo e a desigualdade social no país.
Apesar de a manifestação ter sido marcada para as 17h (horário local e em Brasília), a imensa Praça Itália, ponto nevrálgico da maior onda de protestos da história democrática do Chile, já estava lotada cerca de uma hora antes, enquanto milhares de pessoas que seguiam para o local tentavam com muita dificuldade percorrer as avenidas próximas, também cheias.
A multidão reivindicava a saída do presidente Sebastián Piñera devido à repressão e a supostas violações dos direitos humanos cometidas pelas forças de segurança contra os manifestantes em dias anteriores. Além disso, o protesto critica o pacote de medidas proposto pelo político para atender às reivindicações de melhores aposentadorias e salários, de preços mais justos para contas de luz e gás e para o ensino universitário e os serviços públicos de saúde.
Em meio à multidão começou a ser aberta uma gigantesca bandeira com a inscrição "o Chile despertou", que ganhou força nas redes sociais, acompanhada pela frase "Não estamos em guerra", em referência à declaração de guerra feita por Piñera contra os causadores de incêndios em supermercados e estações do metrô durante os protestos.
Outro grande cartaz exigia a convocação de uma assembleia constituinte para redigir uma nova Constituição, que substituiria a que está em vigor desde 1980 - durante a ditadura de Pinochet.
"Pela dignidade do nosso povo, às ruas, sem medo", dizia noutro grande cartaz colocado no alto de um dos edifícios que ficam em frente à emblemática praça santiaguina.
No centro da praça, participavam do protesto, unidos, membros de torcidas organizadas dos três maiores clubes de futebol do país - Universidad do Chile, Colo Colo e Universidad Católica.
Esta onda de protestos, que tem saldo de 19 mortos em confrontos, além de pelo menos 600 feridos e 6 mil detidos, segundo o Ministério Público, ocorre poucas semanas antes de Santiago receber uma série de grandes eventos.
Em três semanas, a cidade deve sediar a cúpula de líderes do Fórum Econômico Ásia-Pacífico (Apec), onde se espera a possível chegada dos presidentes de Estados Unidos, Donald Trump; Rússia, Vladimir Putin; e China, Xi Jinping.
Em 23 de novembro, Santiago será palco da final da Taça Libertadores, entre Flamengo e River Plate, e em dezembro receberá a 25ª cúpula mundial do clima (COP25).
Chile: os protestos históricos contra a política neoliberal de Piñera
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1. Milhares de chilenos se manifestam pelo 7º dia seguido
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1/19 Milhares de chilenos se manifestam pelo 7º dia seguido (Henry Romero/Reuters)
Milhares de chilenos se manifestam pelo 7º dia seguido
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2. Milhares de chilenos se manifestam pelo 7º dia seguido
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2/19 Milhares de chilenos se manifestam pelo 7º dia seguido (Henry Romero/Reuters)
Milhares de chilenos se manifestam pelo 7º dia seguido
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3. Milhares de chilenos se manifestam pelo 7º dia seguido
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3/19 Milhares de chilenos se manifestam pelo 7º dia seguido (Henry Romero/Reuters)
Milhares de chilenos se manifestam pelo 7º dia seguido
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4. Milhares de chilenos se manifestam pelo 7º dia seguido
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4/19 Milhares de chilenos se manifestam pelo 7º dia seguido (Ivan Alvarado/Reuters)
Milhares de chilenos se manifestam pelo 7º dia seguido
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5. Protesto em Santiago, no Chile
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5/19 Protesto em Santiago (Claudio Santana/Getty Images)
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6. Protesto em Santiago, no Chile
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6/19 Protesto em Santiago (Henry Romero/Reuters)
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7. Homem ferido recebe assistência durante protesto no Chile
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7/19 Homem ferido recebe assistência durante protesto no Chile (Juan Gonzalez/Reuters)
Homem ferido recebe assistência durante protesto no Chile (23/10)
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8. Protesto em Santiago, no Chile
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8/19 Protesto em Santiago (Cristobal Venegas/Anadolu Agency/Getty Images)
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9. Protesto em Santiago, no Chile
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9/19 Protesto em Santiago (Henry Romero/Reuters)
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10. Protesto em Santiago, no Chile
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10/19 Protesto em Santiago (Pablo Sanhueza/Reuters)
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11. Protesto em Santiago, no Chile
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11/19 Protesto em Santiago (Marcelo Hernandez/Getty Images)
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12. Polícia dispara gás lacrimogêneo durante protesto em Santiago
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12/19 Polícia dispara gás lacrimogêneo durante protesto em Santiago (Ivan Alvarado/Reuters)
Polícia dispara gás lacrimogêneo durante protesto em Santiago
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13. Protesto em Santiago, no Chile
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13/19 Protesto em Santiago (Marcelo Hernandez/Getty Images)
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14. Manifestantes fogem da policiais chilenos durante um protesto em Concepcion
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14/19 Manifestantes fogem da policiais chilenos durante um protesto em Concepcion (Jose Luis Saavedra/Reuters)
Manifestantes fogem da policiais chilenos durante um protesto em Concepcion (23/10/2019)
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15. Um manifestante segura uma faixa com a mensagem 'Desculpe mãe, mas é o meu futuro' durante um protesto no Chile
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15/19 Um manifestante segura uma faixa com a mensagem 'Desculpe mãe, mas é o meu futuro' durante um protesto no Chile (Juan Gonzalez/Reuters)
Um manifestante segura uma faixa com a mensagem 'Desculpe mãe, mas é o meu futuro' durante um protesto no Chile (
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16. Protesto em Santiago, no Chile
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16/19 Protesto em Santiago (Ivan Alvarado/Reuters)
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17. Protesto em Santiago, no Chile
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17/19 Protesto em Santiago (Ivan Alvarado/Reuters)
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18. Protesto contra o modelo econômico Chile em Santiago
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18/19 Protesto contra o modelo econômico Chile em Santiago (Edgard Garrido/Reuters)
Protesto contra o modelo econômico Chile em Santiago (23/10/2019)
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19. Protesto em Santiago, no Chile
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19/19 Protesto em Santiago (Ivan Alvarado/Reuters)