Segundo turno decide novo presidente e governador em 8 Estados mais o Distrito Federal. (ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2010 às 15h48.
BRASÍLIA, 31 de outubro (Reuters) - Em uma eleição até o momento considerada bastante tranquila e sem maiores problemas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um mesário que se recusou a trabalhar e agrediu um agente da Justiça destoou do clima pacífico.
Segundo o TSE, o número de urnas eletrônicas substituídas e de ocorrências no início da votação em segundo turno para presidente e para governador em 8 Estados mais o Distrito Federal era pequeno até o final da manhã deste domingo. De acordo com o órgão, 686 urnas eletrônicas tiveram de ser substituídas em todo o país até por volta das 10h30 (horário de Brasília), o que representa 0,171 por cento das urnas do país.
Como comparação, durante todo o dia de votação no primeiro turno, em 3 de outubro, 2.244 urnas tiveram de ser substituídas por problemas técnicos, o equivalente a 0,56 por cento dos equipamentos de todo o país. Foram registradas, ainda, 34 ocorrências de crime eleitoral neste domingo, sendo que 13 delas resultaram em prisões, de acordo com boletim do TSE.
Segundo o tribunal, o número de ocorrências de crime eleitoral deve ser bem menor em relação ao primeiro turno. Isso porque não há segundo turno para a eleição de governador na maioria dos Estados, e não há mais pleito para a escolha de senadores e deputados federal, estadual e distrital.
O TSE espera anunciar o vencedor da eleição presidencial ainda na noite deste domingo. A questão da abstenção, que ganhou importância devido ao feriado prolongado neste fim de semana, só poderá ser esclarecida na apuração dos votos, informou o TSE. Segundo o instituto Datafolha, no entanto, apenas cerca de 2 por cento dos eleitores disseram em pesquisas eleitorais que pretendiam viajar no feriado.
Agressão em Santa Catarina
Em meio à calmaria na maior parte do país, um caso isolado em Santa Catarina chamou a atenção. Segundo o TSE e também de acordo com relatos na mídia, um homem que fora convocado para trabalhar como mesário no pleito não compareceu à seção na cidade de Penha, litoral catarinense.
Um juiz eleitoral teria, então, enviado um servidor da Justiça à casa do mesário para averiguar o problema e, se possível, conduzir a pessoa ao local de votação. Ao chegar, o servidor Carlos Eduardo de Andrade foi agredido pelo homem, que se recusou a trabalhar como mesário.
"Recebi uma rasteira e o cara disse que ali eu não mandava nada", afirmou Andrade, segundo o jornal Diário Catarinense. Depois disso, a Polícia Militar foi acionada e deteve o mesário. Na seção eleitoral onde o homem se recusou a trabalhar, o presidente da mesa, conforme manda a lei, convocou um eleitor da fila para substituí-lo.