A chanceler alemã Angela Merkel: Eurogrupo critica individualidade no bloco (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2010 às 07h18.
Berlim - A primeira-ministra alemã, Angela Merkel, rejeitou as acusações de que a Alemanha dita o curso da União Europeia por ser a maior potência econômica do bloco, em declarações antes do início da cúpula de chefes de Estado e Governo, que terá início nesta quinta-feira em Bruxelas.
"Alemanha não dita nada a ninguém", afirmou Merkel em declarações ao jornal "Bild", em meio ao debate sobre a introdução dos chamados eurobônus, o que a Alemanha rejeita.
A chefe do Governo alemão ainda fez uma chamada para mostrar decisão e unidade à hora de aprovar os novos mecanismos permanentes para o resgate de países da UE que estejam enfrentando dificuldades financeiras.
"O euro não é questionado por nenhum de nós. Os especuladores carecem de oportunidades", disse Merkel, ressaltando que a Alemanha conseguiu superar a crise porque seus cidadãos não tiveram medo e ficaram relaxados.
Já o presidente do Eurogrupo e primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, acusou seus colegas de "levaram em conta exageradamente suas agendas de política interna" no momento de tomarem decisões relativas à UE.
Os acordos que são tomados no seio da União Europeia "deram lugar a turbulências nos mercados", advertiu Juncker, que considera insuficientes as reuniões dos ministros de Finanças da UE para coordenar a política econômica do bloco.
Por sua parte, o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, advertiu contra crescentes divisões na União Europeia.
"Observamos ultimamente que o pensamento comum se debilita no bloco", declarou Tusk ao jornal alemão "Die Welt".