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Merkel pede que integridade territorial da Ucrânia seja assegurada

A chanceler alemã afirmou que vai falar sobre a atual escalada do conflito russo-ucraniano com Putin durante o G20

Merkel: "Temos a obrigação de cumprir o que uma vez prometemos", afirmou a chanceler (Toby Melville/Reuters)

Merkel: "Temos a obrigação de cumprir o que uma vez prometemos", afirmou a chanceler (Toby Melville/Reuters)

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EFE

Publicado em 29 de novembro de 2018 às 13h11.

Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediu nesta quinta-feira que a integridade territorial da Ucrânia seja assegurada e lembrou o que foi prometido a respeito por Reino Unido e Estados Unidos, além da Rússia, no Memorando de Budapeste de 1994.

"Temos a obrigação de cumprir o que uma vez prometemos", declarou a chanceler ao lembrar este acordo, pelo qual a Ucrânia entregou suas armas nucleares dos tempos da União Soviética em troca de garantias a respeito de sua integridade territorial e de viver nas suas próprias fronteiras.

Dessa forma, a Ucrânia quis demonstrar que não queria ser parte do problema, mas da solução, ressaltou Merkel durante a inauguração em Berlim junto ao primeiro-ministro ucraniano, Volodimir Hroisman, do III fórum econômico germânico-ucraniano.

Diante da escalada do conflito entre Moscou e Kiev após o incidente naval do último domingo no estreito de Kerch, Merkel se pronunciou a favor de "pôr os fatos sobre a mesa", pediu à Rússia que "não arranque confissões" dos soldados ucranianos detidos e os liberte.

Por outro lado, a chanceler alemã pediu à Ucrânia que seja "inteligente", pois o conflito só pode ser solucionado "com sensatez e através do diálogo", não pela via militar.

Além disso, lembrou que a situação econômica ucraniana é "muito difícil", à qual é preciso somar "o medo sempre pela paz e diante de mais agressões" por parte da Rússia.

Segundo Merkel, os acordos de Minsk contribuíram para que nestes últimos anos não houvesse "uma permanente escalada" da tensão entre ambos os países, mas não para conseguir ou se aproximar de uma solução política nem para que a Ucrânia "volte a ter acesso às suas próprias fronteiras".

A chanceler afirmou que as sanções contra a Rússia foram impostas para deixar claro que os países, "embora geograficamente se encontrem próximos à Rússia, têm direito ao seu próprio desenvolvimento", algo que qualificou de princípio do direito internacional.

Sobre a Ucrânia, disse que é um caso "especialmente claro", porque decidiu ser independente após o desmembramento da União Soviética em um referendo, o qual também teve a participação da Crimeia, que por sua vez também se pronunciou a favor da independência ucraniana e de fazer parte do país.

Merkel afirmou que abordará a atual escalada do conflito russo-ucraniano com Putin na cúpula do G20 em Buenos Aires e expressou a disposição de Alemanha e França para continuar trabalhando no formato de Normandia com Ucrânia e Rússia.

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