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Merkel lamenta decisão de Trump de deixar Acordo de Paris

Merkel ligou para Trump após o anúncio da decisão para declarar que lamenta a decisão e destacar que a Alemanha se manterá no Acordo de Paris

Merkel: "Vamos continuar a luta por uma política global contra a mudança climática" (Jonathan Ernst/Reuters)

Merkel: "Vamos continuar a luta por uma política global contra a mudança climática" (Jonathan Ernst/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de junho de 2017 às 18h50.

Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, lamentou nesta quinta-feira a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de deixar o Acordo de Paris e se comprometeu a continuar trabalhando para implantar uma política global contra a mudança climática.

"Lamento a decisão do presidente dos EUA. Vamos continuar com todas as forças a luta por uma política global contra a mudança climática que projeta nossa Terra", afirmou Merkel, segundo mensagem divulgada pelo porta-voz do governo, Steffen Seibert, no Twitter.

Seibert afirmou que Merkel ligou para Trump após o anúncio da decisão para declarar que lamenta a decisão e destacar que a Alemanha se manterá no Acordo de Paris.

"Agora, mais do que nunca, trabalharemos por políticas globais para o clima que salvem nosso planeta", completou Merkel.

Trump anunciou que retirará os EUA do Acordo de Paris por considerar que o pacto prejudica os interesses econômicos do país, uma decisão que representa um duro golpe contra o principal instrumento multilateral para combater a mudança climática.

Os ministros do governo alemão que são membros do Partido Social-Democrata (SPD), aliado minoritário na grande coalizão liderada por Merkel, afirmaram em comunicado conjunto que a decisão de Trump é um "erro político", com consequências sobre o meio ambiente e a economia não só dos EUA.

"Os EUA prejudicam a si próprios, a nós, europeus, e a todos os demais povos do mundo. Quem nega a mudança climática e não luta contra ela, não só terá que lidar com temporais, secas e inundações mais severas, mas também impede o crescimento econômico e o avanço técnico", afirma o texto conjunto dos ministros do SPD.

Os sete ministros do SPD no governo de Merkel afirma que a Alemanha trabalha contra a mudança climática ao lado de outros países como Brasil, China, Índia e Rússia, assim como os mais prejudicados pelo aquecimento global: a África e os países-ilha.

"Mantemos a porta aberta para os EUA, no caso de que eles queiram voltar mais adiante. Não nos deixemos contagiar pelo contorcionismo de alguns indivíduos. A comunidade internacional deve se maner junta. A política do clima é a política da paz", conclui a nota.

Merkel está há semanas, junto com outros líderes ocidentais, tentando convencer Trump a não deixar o acordo. A saída tinha sido uma promessa do republicano durante a campanha eleitoral.

A chanceler, no entanto, conseguiu nos últimos dias os compromissos dos primeiros-ministros da China, Li Keqiang, e da Índia, Narendra Modi, de manter o acordo firmado em 2015, independentemente da posição dos EUA.

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