Mundo

Merkel exige respeito a homossexuais na Alemanha

A líder ressaltou sua preocupação pela mudança de atitude dos alemães com o homossexualismo e que isso deve ser entendido como um sinal de alarme


	Homofobia: a líder ressaltou sua preocupação pela mudança de atitude dos alemães com o homossexualismo e que isso deve ser entendido como um sinal de alarme
 (Maxim Zmeyev / Reuters)

Homofobia: a líder ressaltou sua preocupação pela mudança de atitude dos alemães com o homossexualismo e que isso deve ser entendido como um sinal de alarme (Maxim Zmeyev / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2016 às 10h28.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, lembrou nesta quinta-feira que uma sociedade aberta e livre é caracterizada pelo respeito ao outro, "independentemente de como pense, de sua aparência ou de quem ame", e exigiu isso para os homossexuais, enquanto as pesquisas refletem uma homofobia crescente na Alemanha.

Em entrevista coletiva junto ao primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, Merkel reiterou sua contundente condenação ao recente ataque em Orlando (EUA) que, lembrou, tinha como claro alvo o coletivo de gays e lésbicas.

Neste contexto, a líder ressaltou sua "preocupação" pela pesquisa divulgada ontem pela Universidade de Leipzig (leste do país), que mostrou uma mudança de atitude dos alemães com o homossexualismo e que, segundo sua opinião, deve ser entendida como "um sinal de alarme".

Segundo esse estudo, 40% dos indagados veem como "asqueroso" que duas pessoas do mesmo sexo se beijem em público (contra 28% que opinaram assim em uma pesquisa similar de 2009) e quase 25% consideram que o homossexualismo é "imoral" (15,7 em 2009).

No total, 36% acham que não deveria ser permitido o casamento entre homens ou entre mulheres.

Merkel, que em reiteradas ocasiões mostrou rejeição a uma lei que autorize o casamento homossexual, advogou por uma sociedade "tolerante e livre" na qual não há grupos superiores a outros, mas pessoas que vivem segundo suas convicções.

A líder pediu que seja evitado "o ódio para o outro" e se mostrou convencida que a sociedade alemã suficientemente forte para enfrentar e superar "esse ódio opressivo". 

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaAngela MerkelEuropaGaysLGBTPaíses ricosPersonalidadesPolíticosPreconceitos

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA