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Merkel diz que respeita, mas não crê em reversão do Brexit

Em sua tradicional entrevista anual para a emissora pública alemã ZDF, Merkel disse estar "lidando com a realidade".


	Chanceler alemã, Angela Merkel.
 (Fabrizio Bensch / Reuters)

Chanceler alemã, Angela Merkel. (Fabrizio Bensch / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2016 às 16h38.

Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, não acredita que a população do Reino Unido reverta a decisão de deixar a União Europeia, apesar de uma petição online que pede um segundo plebiscito no país tenha conquistado o apoio de mais de 4 milhões de pessoas.

Em sua tradicional entrevista anual para a emissora pública alemã ZDF, Merkel disse estar "lidando com a realidade". "Acredito muito fortemente que o Reino Unido saia mesmo da UE", afirmou.

Merkel ponderou que a validade de algumas das assinaturas da petição tem sido questionada.

Na entrevista para a ZDF, Merkel fez uma espécie de balanço de seus onze anos no poder.

A chanceler prometeu continuar a trabalhar contra a imigração ilegal e o tráfico de seres humanos no Mediterrâneo, um dos pleitos que ela mais se empenha pessoalmente, ainda que gere controversas entre seus pares europeus.

"Não podemos ficar de braços cruzados ao ver as pessoas perdendo a vida no Mediterrâneo para chegar à Europa", disse.

Ao tratar da proibição de parlamentares alemães de visitarem soldados alemães em uma base militar na Turquia, Merkel disse ser necessário "que os nossos legisladores viajam para Incirlik".

A Base Aérea de Incirlik é operada conjuntamente pelas Forças Aéreas dos Estados Unidos na Europa e pela Força Aérea da Turquia.

A proibição da visita de parlamentares foi imposta pelo governo do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, depois de o Parlamento Alemão aprovar uma moção que chama de "genocídio" o massacre de armênios pela Turquia em 1915.

Erdogan diz que a proibição não foi uma retaliação e que a Turquia permitirá que somente equipes militares ou técnicas visitem as bases instaladas no país.

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