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Merkel diz que Europa está longe de solução para migrantes

A Alemanha prevê que em 2015 receberá entre 800.000 e um milhão de demandantes de asilo, um recorde na Europa


	Angela Merkel defende um processo duradouro de distribuição de refugiados nos Estados membros: a Alemanha prevê que em 2015 receberá entre 800.000 e um milhão de demandantes de asilo, um recorde na Europa
 (Tobias Schwarz/AFP)

Angela Merkel defende um processo duradouro de distribuição de refugiados nos Estados membros: a Alemanha prevê que em 2015 receberá entre 800.000 e um milhão de demandantes de asilo, um recorde na Europa (Tobias Schwarz/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2015 às 07h09.

A União Europeia (UE) deu um "primeiro passo" com o acordo esta semana sobre a distribuição de 120.000 refugiados, mas está "muito longe" de uma solução global duradoura, afirmou nesta quinta-feira a chanceler alemã, Angela Merkel.

"Demos um primeiro passo, mas estamos muito longe do local ao qual devemos chegar", disse Merkel no Parlamento alemão, antes de defender um "processo duradouro de distribuição de refugiados nos Estados membros" da UE.

A distribuição de 120.000 refugiados entre países europeus decidida na terça-feira em Bruxelas foi rejeitada por vários Estados membros, com Hungria e Eslováquia à frente. Estes países também não aceitam um sistema duradouro de cotas.

A Alemanha prevê que em 2015 receberá entre 800.000 e um milhão de demandantes de asilo, um recorde na Europa.

Merkel recordou os grandes princípios defendidos pela UE, no momento em que a Hungria é criticada pelo tratamento concedido aos migrantes que atravessam o país com o objetivo de prosseguir a viagem até a Alemanha e pela construção de cercas em suas fronteiras.

O bloco é uma "comunidade de valores, direitos e responsabilidades".

"Há critérios mínimos em vigor na Europa para a recepção e o tratamento de refugiados e durante os procedimentos de demanda de asilo, e isto não é sempre respeitado nas fronteiras da UE", denunciou.

Um dia depois de uma reunião de cúpula da UE sobre a crise migratória, a chanceler também celebrou o acordo para a abertura em novembro dos chamados "hotspots", centros que devem separar os refugiados dos migrantes econômicos na Grécia e na Itália, países de entrada de grande parte dos imigrantes.

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