Separatista pro-Rússia olha por um binóculo na periferia de Donetsk, no leste da Ucrânia (Maxim Shemetov/Reuters)
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2014 às 17h25.
Berlim - A chanceler alemã Angela Merkel acusou a Rússia de violar a paz na Europa e insistiu que as sanções econômicas contra a Rússia vão permanecer devido às ações do país.
A líder alemã manteve a posição que defendeu na reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante a conferência do G-20 em Brisbane, na Austrália, em meados de novembro.
"O curso das ações da Rússia coloca em questão a paz na Europa e a violação do direito internacional", afirmou Merkel durante um debate na câmara baixa.
"A situação em Luhansk e Donetsk continua a estar longe de um cessar-fogo. É por isso que as sanções econômicas permanecem inevitáveis. Precisamos de paciência e persistência em nossos esforços para superar a crise", acrescentou.
Merkel reiterou que não há solução militar para o conflito e que os esforços diplomáticos, junto com as sanções são necessários para resolver a crise. Ela se opôs a ajudar a Ucrânia com armas letais.
O apoio do Ocidente ao país foi limitado a equipamentos não letais. Na semana passada, os EUA entregaram três sistemas de radar, de acordo com o Pentágono.
O comandante militar da Otan, Philip Breedlove, por sua vez, deixou em aberto a possibilidade de fornecer ajuda militar letal.
"Nós continuamos a olhar para os requisitos aqui na Ucrânia, continuamos a aconselhar e oferecer aos nossos ideias sobre isso e nada neste momento está fora da mesa", declarou.
Breedlove está em visita a Kiev, o que pode ter desagradado Moscou, que criticou diversas vezes a relação da Otan com a Ucrânia e exige que Kiev seja clara sobre qualquer tentativa de se juntar à aliança.
Segundo o comandante, as forças russas ainda estão presentes em grande número no leste da Ucrânia e na fronteira das duas nações. A Rússia negou por diversas vezes a acusação.
Os líderes ocidentais estão cada vez mais frustrados como o conflito na região separatista no leste da Ucrânia, aparentemente sem solução. A Rússia continua a argumentar que tem pouca ou nenhuma influência sobre os rebeldes. Fonte: Dow Jones Newswires.