Angela Merkel: "Este ano, vimos que temos que ampliar nossas missões militares e que o número de conflitos aumentou." (Fabrizio Bensch / Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2015 às 18h28.
Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, justificou neste sábado o apoio militar na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que representa "uma grande ameaça", e disse que esta ajuda já deu seus primeiros resultados.
"Este ano, vimos que temos que ampliar nossas missões militares e que o número de conflitos aumentou. O Estado Islâmico é uma grande ameaça no que diz respeito ao terrorismo. Há mais pontos de conflito, mas também mais sucessos visíveis", disse a chanceler em sua tradicional videoconferência dos sábados, se referindo à instrução militar que os "peshmergas" recebem dos alemães no Iraque e que contribuiu para que as forças curdas conseguissem reconquistar parte das cidades tomadas pelos terroristas.
Apesar de defender a intervenção militar, ela afirmou que esse não pode ser único componente.
"Precisamos de outros componentes. As negociações políticas devem ser mantidas. Deve haver ajuda ao desenvolvimento, e só com um conceito global, com um enfoque global, é possível conseguir o sucesso", precisou.
Segundo a chanceler, "tudo se complementa mutuamente, principalmente, a reconstrução".
"A esperança que as pessoas poderão retornar (a seus países) é especialmente importante em um ano como este, que a Alemanha acolheu tantos refugiados, porque muitos deles querem retornar quando, por exemplo, a guerra na Síria acabar", acrescentou.
Merkel agradeceu aos que se dedicam a zelar pela segurança fora das fronteiras da Alemanha, se referindo aos, aproximadamente, 3 mil soldados e mais de 200 policiais em missão no exterior.
De acordo com ela, além das missões nos Bálcãs Ocidentais e no Afeganistão, a Alemanha conta com equipes militares no Iraque e agora também na Turquia, onde prestará apoio à aliança internacional em tarefas de reconhecimento e de luta contra o EI na Síria. EFE