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Merkel defende acordo de refugiados com Turquia

Para a chanceler alemã, os membros do bloco têm "uma responsabilidade humanitária", mesmo quando querem "proteger as suas fronteiras"

Refugiados: aproximadamente 30 mil pessoas chegaram à Grécia desde 20 de março de 2016, um número muito inferior aos 989 mil registrados nessa mesma data de 2015 (Khalid al Mousily/Reuters)

Refugiados: aproximadamente 30 mil pessoas chegaram à Grécia desde 20 de março de 2016, um número muito inferior aos 989 mil registrados nessa mesma data de 2015 (Khalid al Mousily/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de março de 2017 às 13h26.

Valletta - A chanceler alemã, Ángela Merkel, defendeu nesta quinta-feira o acordo de refugiados da União Europeia (UE) com a Turquia perante os líderes do Partido Popular Europeu (PPE), por ser uma mostra prática dos "valores europeus".

Merkel afirmou que a UE "deve proteger suas fronteiras exteriores" e "não pode deixar entrar qualquer um que queira vir", mas ao mesmo tempo apontou que perante os países vizinhos que assumem um grande desafio de imigrantes e refugiados, os membros do bloco têm "uma responsabilidade humanitária".

"Diante de Síria, Líbia e Turquia não podemos olhar para o outro lado. Foi correto aprovar o acordo com a Turquia. Fizemos bem", afirmou Merkel, que em setembro tenta a reeleição na Alemanha contra o social-democrata Martin Schulz.

Um ano após a assinatura do acordo entre UE e Turquia para o controle dos refugiados, a chegada de imigrantes caiu drasticamente, embora ainda esteja acima das deportações.

Aproximadamente 30 mil pessoas chegaram à Grécia desde 20 de março de 2016, um número muito inferior aos 989 mil registrados nessa mesma data de 2015, segundo dados da Comissão Europeia (CE), enquanto apenas 916 pessoas foram deportadas à Turquia no marco do acordo.

A presença de imigrantes na Grécia também não diminuiu substancialmente através das realocações, pois somente dez mil deles foram transferidos a outros países da UE, segundo a Organização Internacional de Migrações (OIM), o que continua deixando o número de refugiados em território grego acima de 62 mil.

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