Bratislava - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, anunciou nesta sexta-feira em Bratislava, após a cúpula de líderes da União Europeia (UE), um plano de trabalho com vários temas para apresentar em março de 2017, por ocasião do 60º aniversário dos Tratados Europeus, uma mudança de rumo para o bloco comunitário.

"O espírito de Bratislava foi um espírito de cooperação. Sem a unidade europeia não vamos conseguir estes objetivos", declarou a chefe de governo alemã em referência a temas como segurança, migração ilegal, proteção das fronteiras exteriores, luta contra o desemprego e inovação econômica.

Na opinião de Merkel, "Bratislava foi o ponto de partida para mais trabalho. Não para grandes declarações ou mudanças de tratados, mas para mais ações em prol dos cidadãos europeus".

"Queremos dar impulsos e queremos atuar juntos", prometeu a chanceler alemã após o encontro de 27 dos 28 lideres comunitários em Bratislava, capital da Eslováquia.

Em entrevista coletiva conjunta com o presidente da França, François Hollande, Merkel acrescentou que ambos estão "convencidos" que na UE são necessários "compromissos e solidariedade, e trabalhar com base nos valores comuns".

"Estamos em uma fase decisiva da União Europeia", salientou Merkel, que frisou que, "além de Bratislava", a UE demonstrará que se sente responsável, para ter êxito e não oferecer apenas palavras.

Quanto à crise migratória, que causou tantas divisões entre os países europeus, a chanceler alemã exigiu "mais esforços e consensos".

Nesse sentido, destacou que o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, o principal crítico da política migratória na UE, participou "ativamente nas deliberações" de hoje.

Por outra parte, Merkel ressaltou a importância de lutar contra as causas da fuga dos imigrantes na África e no Oriente Médio e reivindicou mais acordos bilaterais com terceiros países, como o polêmico tratado com a Turquia em matéria de migração.

Por fim, perante a ameaça terrorista na Europa, a chanceler destacou a necessidade de mais cooperação no setor de Defesa. EFE