Angela Merkel e Donald Trump: "(Trump) se comprometeu pessoalmente com o processo de Minsk", disse Merkel (Jim Bourg/Reuters)
EFE
Publicado em 17 de março de 2017 às 16h31.
Última atualização em 17 de março de 2017 às 17h04.
Washington - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, garantiu nesta sexta-feira que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se comprometeu "pessoalmente" com os acordos assinados em Minsk há mais de dois anos, em fevereiro de 2015, para buscar uma solução ao conflito na Ucrânia.
"(Trump) se comprometeu pessoalmente com o processo de Minsk", disse Merkel em entrevista coletiva na Casa Branca ao lado do presidente americano.
Além disso, a chanceler alemã considerou que se deve melhorar a relação com a Rússia, aliada dos separatistas do leste da Ucrânia, mas ressaltou que a melhora da situação da Ucrânia deve ser uma prioridade.
Os acordos alcançados em Minsk (Belarus) buscam pôr fim ao conflito armado entre o governo de Kiev e os separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia e apostam na integridade territorial do país.
Estes pactos deram início a um processo de regulação que, apesar de ter alcançado consideráveis avanços, não conseguiu pôr fim totalmente às hostilidades, pois seguem ocorrendo continuas violações ao cessar-fogo, previsto no texto dos Acordos de Minsk.
A Casa Branca já antecipou que Trump queria conhecer o ponto de vista da chanceler alemã sobre o papel que os Estados Unidos podem exercer na busca de uma solução ao conflito na Ucrânia e na aplicação dos acordos assinados em Minsk.
Por enquanto, o governo de Trump se limitou a pedir à Rússia e aos separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia que respeitem o cessar-fogo e que permitam o acesso aos observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).
No entanto, em janeiro, Trump sugeriu que poderia pôr fim às sanções contra Moscou pela ingerência na Ucrânia.
Essas declarações levaram França e Alemanha, que também impuseram sanções à Rússia dentro da União Europeia (UE), a ressaltar que a suspensão das restrições só deve ser cogitada na medida em que haja progressos russos no cumprimento dos acordos de Minsk.