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Merkel aceita renúncia e elogia trabalho de ministro

Em um breve comparecimento à imprensa, Merkel insistiu no bom trabalho desenvolvido pelo ministro na legislatura anterior, à frente da pasta do Interior


	Hans Peter Friedrich: o ministro não chegou a ficar dois meses à frente do departamento de Agricultura, mas a sua não é a renúncia mais rápida registrada no governo alemão (Tobias Schwarz/files/Reuters)

Hans Peter Friedrich: o ministro não chegou a ficar dois meses à frente do departamento de Agricultura, mas a sua não é a renúncia mais rápida registrada no governo alemão (Tobias Schwarz/files/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 14h16.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, aceitou nesta sexta-feira a renúncia apresentada pelo ministro da Agricultura, Hans Peter Friedrich, a quem expressou seu respeito e agradeceu que com a decisão haja "anteposto o interesse geral ao seu pessoal".

Em um breve comparecimento à imprensa, Merkel insistiu no bom trabalho desenvolvido pelo ministro na legislatura anterior, à frente da pasta do Interior, e elogiou seu "comportamento político", paralelamente as considerações jurídicas do caso que provocou a renúncia.

Friedrich apresentou a renúncia após reconhecer que, em outubro, sendo responsável pela pasta do Interior e em plenas negociações para formar uma coalizão de governo com o Partido Social-Democrata (SPD), informou à cúpula da formação que um de seus deputados estava sendo investigado em um caso de pornografia infantil

Merkel elogiou o trabalho realizado por Friedrich no Interior para reformar os serviços secretos e as forças de segurança, após ser divulgado que uma célula neonazista tinha cometido dez assassinatos, nove deles de imigrantes, ao longo de quase uma década sem que fossem investigados ou presos os terroristas.

A chanceler explicou já ter comunicado a renúncia ao presidente, Joachim Gauck, e lembrou que compete agora ao partido de Friedrich, a União Social-Cristã da Baviera (CSU), propor o nome do novo ministro da Agricultura.

Friedrich não chegou a ficar dois meses à frente do departamento de Agricultura, mas a sua não é a renúncia mais rápida registrada no governo alemão.

Em 2009, após um mês como ministro do Trabalho de Merkel, o conservador Josef Jung deixou o cargo pelo caso de um bombardeio em Kunduz (Afeganistão) no qual morreram dezenas de civis e que aconteceu quando ele era responsável pela Defesa. 

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