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Mercosul fecha acordo de livre comércio com o Egito

Buenos Aires - O Mercosul fechou hoje um acordo de livre comércio com o Egito, na cidade argentina de San Juan, onde acontece a 39.ª Cúpula de ministros e presidentes do bloco regional. Segundo a ministra de Indústria da Argentina, Débora Giorgi, o tratado é um passo fundamental do bloco econômico. Segundo ela, o acordo […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Buenos Aires - O Mercosul fechou hoje um acordo de livre comércio com o Egito, na cidade argentina de San Juan, onde acontece a 39.ª Cúpula de ministros e presidentes do bloco regional. Segundo a ministra de Indústria da Argentina, Débora Giorgi, o tratado é um passo fundamental do bloco econômico.

Segundo ela, o acordo permitirá à produção regional "ter acesso preferencial a um mercado de 76 milhões pessoas, com um PIB, em 2009, de US$ 187 bilhões, cuja economia cresceu a uma taxa anual de 7,4% até 2008 e da qual se espera crescimento de 5% neste ano."

Giorgi lembrou que o Egito é um grande importador. Em 2008 importou US$ 52,75 bilhões e exportou apenas US$ 26,22 bilhões. No ano passado, juntos, Brasil e Argentina, os dois maiores sócios do Mercosul, exportaram US$ 2,516 bilhões ao mercado egípcio, enquanto compraram apenas US$ 251 milhões do país.

Segundo o Ministério de Indústria da Argentina, país que tem a presidência rotativa do Mercosul, o acordo foi fechado nesta manhã, pela própria Giorgi e pelo chanceler argentino Héctor Timerman, com o ministro de Indústria e Comércio do Egito, Rachid Mohamed Rachid. O tratado será ratificado pelos presidentes do bloco durante a reunião de cúpula amanhã.

Giorgi esclareceu que, a partir da assinatura do tratado, 80% das exportações do Mercosul para o Egito vão entrar naquele país sem pagar alíquotas. O tratado prevê a eliminação gradual das alíquotas de 65% que atualmente pagam os produtos primários do bloco sul-americano.

Além do primeiro grupo de produtos que terão as tarifas zeradas imediatamente, que inclui carnes, manteiga, trigo, milho, óleos e válvulas, o acordo incluiu outros três grupos com prazos de quatro, oito e 10 anos para a eliminação das alíquotas. Este é o segundo acordo de livre comércio assinado pelo Mercosul. O primeiro foi com Israel.
 

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