O presidente Nicolas Maduro (D) e seu chanceler Elias Jaua na cúpula do Mercosul: o Mercosul afirmou que tem uma tarefa imediata que é reincorporar o Paraguai. (REUTERS/Nicolas Garrido)
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2013 às 15h46.
Montevidéu - O Mercosul exigirá "explicações e um pedido público de desculpas" aos países europeus que fecharam seu espaço aéreo ao avião presidencial que transportava Evo Morales na semana passada, informou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, na reunião plenária do bloco.
Segundo Maduro, o Mercosul resolveu "exigir explicações e um pedido público de desculpas dos países da Europa que agrediram nosso irmão", depois que França, Espanha, Itália e Portugal negaram o sobrevoo de seus territórios, por suspeitas de que o avião que levava Morales transportava também o ex-consultor de inteligência americano Edward Snowden.
Maduro também afirmou que os Estados-membros do bloco concordaram em trabalhar para garantir tanto o direito ao asilo como um direito fundamental quanto a segurança frente à espionagem informática.
"Foi ratificado um comunicado doutrinal para garantir o direito ao asilo como direito fundamental", afirmou Maduro.
O presidente venezuelano também pediu para garantir a segurança informática e criticou a espionagem realizada pelas agências de inteligência americanas, revelado recentemente por Snowden.
Por fim, o Mercosul afirmou que tem uma tarefa imediata que é reincorporar o Paraguai, suspenso do grupo depois de um julgamento político que destituiu o presidente Fernando Lugo no ano passado.
Maduro defendeu uma reincorporação do Paraguai como membro ativo do Mercosul e manifestou a vontade do bloco que superar os problemas com Assunção.