Brasília - Especialistas que integram o Grupo de Integração Produtiva (GIP), órgão ligado ao Mercado Comum do Sul (Mercosul), discutem a partir de hoje (7) mecanismos para intensificar o comércio, reduzir as chamadas assimetrias - ou diferenças - entre os países e buscar alternativas para incrementar a integração regional. As propostas serão debatidas apenas nos dias 15 e 16 de julho, na Argentina, durante um encontro de ministros dos países que integram o bloco. As informações são da imprensa oficial da Venezuela, a Agência Bolivariana de Notícias (ABN).

O GIP é composto por representantes da Argentina, do Brasil, do Uruguai, do Paraguai e da Venezuela. Os venezuelanos ainda não integram formalmente o Mercosul porque a adesão ao bloco aguarda a aprovação do Parlamento do Paraguai. Não há data para a votação. No ano passado, o Congresso Nacional brasileiro aprovou a integração da Venezuela ao Mercosul.

"No Mercosul foram dados passos significativos no sentido da criação de um Fundo de Financiamento para as Pequenas e Médias Empresas e outras estruturas para alavancar o desenvolvimento de pequenas unidades de produção. Um recurso que para nós é um exemplo de integração", disse o presidente do Fundo Nacional de Garantia Mútua para Pequenas e Médias Empresas, Alfredo Hernández Riera, que é o coordenador das discussões pela Venezuela.

Segundo Riera, a integração produtiva envolve o desenvolvimento de mecanismos a partir da produção complementar. De acordo com ele, as medidas provocam mudanças de padrão na produção e no comércio entre as diferentes nações que compõem o bloco do Mercosul. Para o empresário, o processo não pode se limitar apenas ao aspecto comercial, pois isso afetaria o desenvolvimento harmonioso na região.

Na Cúpula do Mercosul, realizada em Córdoba, na Argentina, em 2006, os presidentes dos países que integram o bloco se comprometeram a elaborar um Programa de Integração Produtiva. O objetivo é desenvolver as empresas da região, especialmente as pequenas e médias.