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Mercosul aprova perseguição policial transfronteiriça proposta pelo Brasil

Medida irá permitir a continuação de uma perseguição mesmo após o ingresso de criminosos em outros países do bloco

Policias durante perseguição: proposta busca aumentar cooperação entre as polícias da região e diminuir a impunidade e a fragilidade das fronteiras (Ricardo Moraes/Reuters)

Policias durante perseguição: proposta busca aumentar cooperação entre as polícias da região e diminuir a impunidade e a fragilidade das fronteiras (Ricardo Moraes/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 9 de novembro de 2018 às 20h42.

Durante a 42ª Reunião de Ministros de Interior e Segurança do Mercosul e estados associados, os ministros do bloco aprovaram a proposta do governo brasileiro para acordo de cooperação que prevê a perseguição transfronteiriça entre os países-membros, um arranjo inédito que vai permitir a continuação de uma perseguição policial mesmo após o ingresso dos criminosos em território de países vizinhos.

A medida foi aprovada nesta sexta-feira, 9, em Montevidéu, no Uruguai. O objetivo da proposta é aumentar a cooperação entre as polícias da região e diminuir a sensação de impunidade e fragilidade das fronteiras.

Por meio de um comunicado divulgado à imprensa, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, falou da importância da integração das polícias para combater o crime organizado e sua internacionalização, o que considera uma ameaça à democracia e à soberania nacional.

"O Brasil teve aprovada pelos ministros de Segurança e Justiça do Mercosul a sua tese de que nós poderemos perseguir criminosos do Brasil nos países do Mercosul, e vice-versa. Isso quer dizer que não vamos dar quartel ao crime organizado, às facções, aos bandidos que causam preocupação e, sobretudo, violência no Brasil, estejam eles no nosso território ou nesses países", afirmou Raul Jungmann.

A partir da aprovação de hoje, a Comissão Técnica do Conselho de Ministros de Interior e Segurança do Mercosul e Estados associados vai elaborar um projeto com base nos pontos acordados hoje.

A expectativa é de que o documento seja apresentado na próxima reunião do Conselho, prevista para acontecer em 2019, na Argentina, quando o acordo deverá ser formalizado.

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