Mundo

Merck compra direitos de vacina experimental contra o ebola

A rVSV-EBOV é uma das duas vacinas experimentais contra o ebola identificadas pela OMS como tendo mostrado resultados promissores quando testadas em macacos


	Merck: não há tratamento licenciado ou vacina contra o vírus ebola
 (Kena Betancur/AFP)

Merck: não há tratamento licenciado ou vacina contra o vírus ebola (Kena Betancur/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2014 às 18h18.

A empresa farmacêutica americana Merck comprou os direitos de uma vacina experimental desenvolvida pela NewLink Genetics, informaram as duas companhias nesta segunda-feira.

O acordo dá à Merck uma exclusiva autorização global para pesquisar, desenvolver, produzir e distribuir a vacina contra o ebola rVSV-EBOV, da NewLink, originalmente desenvolvida pela Agência de Saúde Pública do Canadá.

Licenciada pelo governo canadense para a empresa americana NewLink, a rVSV-EBOV é uma das duas vacinas experimentais contra o ebola identificadas pela OMS como tendo mostrado resultados promissores quando testadas em macacos.

A outra vacina, ChAd3, é produzida pela empresa britânica GlaxoSmithKline e pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID).

Não há tratamento licenciado ou vacina contra o vírus ebola, que matou cerca de 5.500 pessoas na epidemia concentrada no oeste da África, segundo os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O número total de casos, este ano, saltou para mais de 15.000 na pior epidemia de ebola desde que o vírus foi identificado pela primeira vez, em 1976.

Julie Gerberding, presidente da divisão de vacinas da Merck, afirmou que o acordo com a NewLink representa um avanço significativo no combate a este flagelo.

"Vacinas eficazes contra o ebola serão um componente crítico da prevenção abrangente e medidas de controle para pessoas com risco de infecção pelo vírus e para conter futuras epidemias globalmente", declarou, em um comunicado.

"A Merck está comprometida com a aplicação da nossa expertise em vacinas para atender a importantes necessidades globais sanitárias e, por meio de nossa colaboração com a NewLink, esperamos avançar na resposta de saúde pública a esta urgente prioridade sanitária", prosseguiu.

Testes clínicos com a vacina rVSV-EBOV estão sendo realizados nos Institutos Nacionais de Saúde, no Instituto de Pesquisas do Exército Walter Reed e em um esforço colaborativo coordenado pela OMS em Suíça, Alemanha, Quênia e Gabão, informaram as companhias.

A Merck pagará US$ 30 milhões diretamente à NewLink quando o acordo entrar em vigor e US$ 20 milhões no início dos testes de eficácia da vacina licenciada, que devem ter início no primeiro trimestre de 2015, segundo esta empresa, sediada em Nova Jersey.

A NewLink, uma companhia biofarmacêutica sediada em Iowa, poderá receber royalties sobre a venda de vacinas em alguns mercados.

Acompanhe tudo sobre:DoençasEbolaEmpresasEmpresas americanasEpidemiasMerckSaúde

Mais de Mundo

Trump avalia adiar proibição do TikTok por 90 dias após assumir presidência dos EUA

Rússia admite ter atingido alvos em Kiev em retaliação aos ataques de Belgorod

Mídia americana se organiza para o retorno 'vingativo' de Trump

'Vários feridos' em acidente com teleférico em estação de esqui na Espanha