A empresa farmacêutica americana Merck comprou os direitos de uma vacina experimental desenvolvida pela NewLink Genetics, informaram as duas companhias nesta segunda-feira.
O acordo dá à Merck uma exclusiva autorização global para pesquisar, desenvolver, produzir e distribuir a vacina contra o ebola rVSV-EBOV, da NewLink, originalmente desenvolvida pela Agência de Saúde Pública do Canadá.
Licenciada pelo governo canadense para a empresa americana NewLink, a rVSV-EBOV é uma das duas vacinas experimentais contra o ebola identificadas pela OMS como tendo mostrado resultados promissores quando testadas em macacos.
A outra vacina, ChAd3, é produzida pela empresa britânica GlaxoSmithKline e pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID).
Não há tratamento licenciado ou vacina contra o vírus ebola, que matou cerca de 5.500 pessoas na epidemia concentrada no oeste da África, segundo os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O número total de casos, este ano, saltou para mais de 15.000 na pior epidemia de ebola desde que o vírus foi identificado pela primeira vez, em 1976.
Julie Gerberding, presidente da divisão de vacinas da Merck, afirmou que o acordo com a NewLink representa um avanço significativo no combate a este flagelo.
"Vacinas eficazes contra o ebola serão um componente crítico da prevenção abrangente e medidas de controle para pessoas com risco de infecção pelo vírus e para conter futuras epidemias globalmente", declarou, em um comunicado.
"A Merck está comprometida com a aplicação da nossa expertise em vacinas para atender a importantes necessidades globais sanitárias e, por meio de nossa colaboração com a NewLink, esperamos avançar na resposta de saúde pública a esta urgente prioridade sanitária", prosseguiu.
Testes clínicos com a vacina rVSV-EBOV estão sendo realizados nos Institutos Nacionais de Saúde, no Instituto de Pesquisas do Exército Walter Reed e em um esforço colaborativo coordenado pela OMS em Suíça, Alemanha, Quênia e Gabão, informaram as companhias.
A Merck pagará US$ 30 milhões diretamente à NewLink quando o acordo entrar em vigor e US$ 20 milhões no início dos testes de eficácia da vacina licenciada, que devem ter início no primeiro trimestre de 2015, segundo esta empresa, sediada em Nova Jersey.
A NewLink, uma companhia biofarmacêutica sediada em Iowa, poderá receber royalties sobre a venda de vacinas em alguns mercados.
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1. Milhares de vítimas
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1/15 (John Moore/Getty Images)
O vírus ebola tem um índice de mortalidade de 70%. Ao lado da tragédia, o fotógrafo John Moore decidiu retratar os raros sobreviventes da doença na Libéria, o país mais afetado pela epidemia. Na foto, Jeremra Cooper, 16, enxuga o rosto do calor, enquanto espera na seção de baixo risco dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), em Paynesville, Libéria. O aluno da 8 ª série disse que perdeu seis familiares para a epidemia de Ebola antes de ficar doente e de ser enviado para o centro dos MSF, onde ele se recuperou após um mês.
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2. Mohammed Wah, 23
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2/15 (John Moore/Getty Images)
O trabalhador da construção civil diz que o Ebola matou cinco membros de sua família e que ele acha que contraiu a doença enquanto cuidava de seu sobrinho.
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3. Varney Taylor, 26
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3/15 (John Moore/Getty Images)
Perdeu três membros da família para a doença e acredita que contraiu Ebola enquanto carregava o corpo de sua tia após a morte dela.
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4. Benetha Coleman, 24
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4/15 (John Moore/Getty Images)
Seu marido e dois filhos morreram em decorrência da doença.
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5. Victoria Masah, 28
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5/15 (John Moore/Getty Images)
Seu marido e dois filhos morreram por causa do ebola.
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6. Eric Forkpa, 23
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6/15 (John Moore/Getty Images)
O estudante de engenharia civil, disse que acha que pegou ebola enquanto cuidava de seu tio doente. Ele passou 18 dias no centro dos MSF se recuperando do vírus.
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7. Emanuel Jolo, 19
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7/15 (John Moore/Getty Images)
O estudante do ensino médio perdeu seis membros da família e acredita que contraiu a doença enquanto lavava o corpo de seu pai, que morreu de Ebola.
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8. James Mulbah, 2
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8/15 (John Moore/Getty Images)
O garotinho posa para a foto enquanto é segurado pela mãe, que também se recuperou do ebola.
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9. John Massani, 27
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9/15 (John Moore/Getty Images)
Trabalhador da construção civil, ele acredita que pegou a doença enquanto carregava o corpo de um parente. Ele perdeu seis familiares por causa do ebola.
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10. Mohammed Bah, 39
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10/15 (John Moore/Getty Images)
Bah, que trabalha como motorista, perdeu a mulher, a mãe, o pai e a irmã para o ebola.
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11. Vavila Godoa, 43
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11/15 (John Moore/Getty Images)
O alfaiate diz que o estigma de ter tido Ebola é algo difícil. Ele perdeu todos os seus clientes devido ao medo. "Eles não vêm mais", afirma. Ele acredita que pegou Ebola enquanto cuidava de sua esposa doente.
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12. Ami Subah, 39
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12/15 (John Moore/Getty Images)
Subah, uma parteira, acha que pegou ebola quando fez o parto de um bebé de uma mãe doente. O menino, segundo ela, sobreviveu, mas a mãe morreu. Ela diz que não teve trabalho desde sua recuperação, devido ao estigma de ter tido Ebola. "Não me deixam nem tirar água do poço comunitário", afirma.
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13. Peters Roberts, 22
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13/15 (John Moore/Getty Images)
O aluno do 11º ano perdeu uma irmã, o tio e um primo para o Ebola. Ele acredita que contraiu a doença enquanto cuidava de seu tio.
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14. Anthony Naileh, 46, e Bendu Naileh, 34
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14/15 (John Moore/Getty Images)
Anthony disse que é um estenógrafo no Senado liberiano e planeja voltar a trabalhar na sessão de janeiro. Bendu, uma enfermeira, acha que pegou ebola após colocar as mãos em posição de oração ao rezar por um sobrinho que tinha a doença. Em seguida, ela adoeceu e seu marido cuidou dela.
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15. Moses Lansanah, 30
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15/15 (John Moore/Getty Images)
O trabalhador da construção civil perdeu sua noiva Amifete, com então 22 anos, que estava grávida de 9 meses do seu filho.