O MEC ainda não anunciou quem será o novo presidente do Inep (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2012 às 07h23.
São Paulo - O novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, demitiu ontem a presidente do Inep, Malvina Tuttman. A pedagoga é a terceira presidente a deixar o instituto responsável pelo Enem desde 2009, quando o exame foi transformado em vestibular.
A saída de Malvina vem no primeiro dia útil da gestão de Mercadante e foi uma decisão direta do ministro. Foi chamada pela assessoria de imprensa da pasta como "mudança própria de uma nova gestão".
Em nota, Malvina diz que viveu intensamente o Inep e "nele aprendi com os meus colegas o valor de ser 'inepiana'". Com as mudanças do Enem, o Inep, antes um órgão de pesquisas, ganhou importância.
Ex-reitora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), ela assumiu o cargo em janeiro de 2011 com a missão de consolidar o Enem. Malvina admitiu a possibilidade de criar um órgão exclusivo para a aplicação do exame, ideia que não prosperou. Praticamente não se pronunciou sobre os problemas do Enem de 2011, quando alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, tiveram acesso antecipado a questões. Em aparições públicas, chegou a demonstrar descontrole emocional.
A pedagoga entrou no lugar do professor Joaquim Soares Neto, que também ficou apenas um ano no cargo. Sob a gestão dele, ocorreram falhas de impressão e de montagem das provas, erros na folha de resposta, vazamento do tema da redação e também de dados de inscritos. Soares entrara no lugar de Reynaldo Fernandes, que saiu após o vazamento e cancelamento do Enem de 2009.
O MEC ainda não anunciou quem será o novo presidente do Inep. O mais cotado é o atual secretário de Educação Superior, Luiz Cláudio Costa. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, o anúncio dependeria de a pasta encontrar um nome para substituí-lo.
O MEC também confirmou ontem a demissão da secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda. No Twitter, a ex-secretária afirmou que César Callegari, atual membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), assume seu lugar. O MEC não confirmou ontem a nomeação de Callegari, mas informou que haverá outras mudanças nas secretarias comandas pela pasta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.