Jamel Myles e a mãe: menino estava orgulhoso de si depois de revelar à família que era gay (Facebook/Reprodução)
AFP
Publicado em 30 de agosto de 2018 às 11h22.
Última atualização em 30 de agosto de 2018 às 11h25.
Um menino americano de nove anos se suicidou dias após o início das aulas, vítima de um bullying constante por ser gay.
"Quatro dias na escola foi o que bastou, só posso imaginar o que lhe disseram", declarou a mãe de Jamel Myles, Leila Pierce, a meios de comunicação locais. "Meu filho disse a minha filha mais velha que os meninos na escola falaram para ele se matar. Me dói tanto que não tenha vindo a mim".
Pierce explicou que seu filho, que estava na escola fundamental Joe Shoemaker em Denver, Colorado (oeste dos Estados Unidos), lhe disse nas férias de verão que era gay e que queria se apresentar como tal a seus colegas quando começassem as aulas.
"Foi à escola e disse que ia contar às pessoas que era gay porque estava orgulhoso de si próprio".
A escola pôs à disposição dos estudantes e professores terapeutas para quem quiser falar sobre o ocorrido, e mandou cartas às famílias sobre a tragédia.
"Tem que haver responsabilidade pelo bullying", disse Pierce. "As crianças sabem que está errado, uma criança não gostaria que fizessem isso com ela".
"Acredito que se deve responsabilizar os pais, porque claramente os pais estão ensinando-os a ser assim ou tratando-os assim", acrescentou Pierce.