A farmacêutica Pfizer afirmou nesta sexta-feira que espera iniciar em janeiro a entrega de doses para crianças de sua vacina contra Covid-19 ao governo brasileiro (BSR Agency/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 23 de setembro de 2021 às 18h37.
Um juiz na Holanda permitiu que um menino de 12 anos recebesse a vacina contra Covid-19, apesar do pai dele ser contrário à imunização. Segundo a mídia local, o garoto queria se vacinar para diminuir os riscos quando visitasse a avó, que enfrenta um câncer de pulmão. Por não ter seu pedido atentido dentro de casa, o rapazinho levou o caso à Justiça. A decisão a favor do menino foi tomada pelo Tribunal Distrital de Groningen nesta quinta-feira.
A Holanda liberou a vacinação contra Covid-19 para adolescentes de 12 a 17 anos, mas eles teriam que ter a autorização de seus responsáveis para receber o imunizante. No caso do menino que queria visitar a avó, a mãe dele foi favorável, mas o pai foi contra. Eles estão divorciados.
O pai argumentou que vacinas "estão em fase de teste" e temia "grandes riscos para os órgãos reprodutivos a longo prazo". Na decisão judicial, o magistrado Bart Tromp rebateu essa fala, dizendo que não há base científica que justificasse tal posicionamento. No pedido ao tribunal, o menino tinha explicado que ele queria ser vacinado contra a Covid-9 para diminuir as chances de ser infectado, assim como os riscos de transmitir a doença para outras pessoas. O juiz então ordenou que o menino recebesse a vacina "em breve", porque seus interesses eram mais importantes, considerando que a avó dele sofre de "câncer de pulmão metastático e está nos estágios finais de vida".
Dados da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, mostram que o coronavírus infectou mais de 2 milhões de pessoas na Holanda, matando 18.528.
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