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Menina paquistanesa baleada pelo Talibã "vai levantar"

Malala Yousufzai, 15 anos, foi levada do Paquistão para a cidade britânica de Birmingham para receber tratamento especializado depois do ataque


	Em Rawalpindi, Paquistão, equipe médica transporta a paquistanesa Malala Yousufzai em 15 de outubro
 (AFP)

Em Rawalpindi, Paquistão, equipe médica transporta a paquistanesa Malala Yousufzai em 15 de outubro (AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2012 às 10h58.

Birmingham - O pai da menina paquistanesa que foi baleada na cabeça pelo Talibã por defender o direito a educação para garotas disse na sexta-feira que sua filha está forte e vai "levantar-se novamente" para correr atrás de seus sonhos, depois de receber tratamento em um hospital britânico.

Malala Yousufzai, 15 anos, foi levada do Paquistão para a cidade britânica de Birmingham para receber tratamento especializado depois do ataque, no dia 9 de outubro, que atraiu a condenação internacional generalizada.

Ela se tornou um poderoso símbolo de resistência à ação do grupo radical islâmico contra o direito das mulheres à educação.

O pai de Malala, Ziauddin Yousufzai, e outros membros da família viajaram para a Grã-Bretanha na quinta-feira para ajudar na recuperação da filha.

"Eles queriam matá-la. Mas ela caiu temporariamente. Ela vai se levantar de novo. Ficará em pé de novo", disse, emocionado e com a voz fraquejando.

"É um milagre para nós...Ela estava numa condição muito ruim", disse a repórteres sentado ao lado de seu filho.

"Ela está melhorando com uma velocidade animadora." Malala começou a se opor ao Talibã paquistanês quando tinha 11 anos, na época em que o governo de Islamabad havia efetivamente cedido controle do Vale de Swat, onde ela morava, ao Taliban.

Ela esteve grave desde que um homem armado atirou em sua cabeça e pescoço quando saía da escola em Swat, noroeste de Islamabad.

Doutores britânicos dizem que ela tem todas as chances de ter uma boa recuperação na unidade especial do hospital, especializado em lidar com casos de traumas complexos. O local já tratou de centenas de soldados feridos no Afeganistão.

O pai da menina disse que ele e sua família choraram quando voltaram a se encontrar com Malala na quinta-feira.

"Estamos muito felizes", afirmou. "Eu rezo por ela".

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