Gilmar Mendes pediu vista quando sete ministros já haviam votado contra a necessidade de dois documentos (Arquivo)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes negou hoje, em plenário, motivação política para o pedido de vista que fez ontem, no julgamento da ação direta de inconstitucionalidade (Adin) do PT contra a obrigatoriedade de apresentação de dois documentos na votação de domingo.
"Jamais me deixei pautar por interesses político-partidários", disse Mendes, referindo-se à notícia de que teria pedido vista depois de ter recebido telefonema do candidato à Presidência da República José Serra (PSDB).
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo afirma que flagrou Serra solicitando uma ligação para o ministro do STF horas antes de Mendes pedir vista no julgamento, que naquele momento já tinha sete votos a favor da ação petista. Depois de solicitar a um assessor para que entrasse em contato com o ministro do Supremo, Serra teria recebido um telefone que teria Mendes do outro lado da linha. De acordo com o jornal, o tucano teria até cumprimentado o interlocutor como "meu presidente".
Tanto Serra quanto Mendes negaram a existência da conversa. Por volta das 14h50, Mendes apresentava o seu voto sobre o pedido do PT.
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