Pequena bandeira americana é colocada no Memorial do 11 de setembro: próximo ao memorial, as obras de um museu sobre o 11 de setembro serão reiniciadas em breve (Chris Pedota/AFP/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2012 às 18h04.
Nova York - O Memorial em homenagem às vítimas dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 completou nesta quarta-feira seu primeiro ano, tendo recebido mais de 4,5 milhões de visitas neste período.
Pessoas de mais de 170 países e dos 50 estados americanos já foram ao monumento. O número de visitantes supera amplamente o previstos inicialmente (entre três e quatro milhões), segundo lembrou em comunicado a fundação que dirige o Memorial e o futuro museu do 11/9.
Além das visitas de líderes internacionais, começando pelo próprio presidente americano, Barack Obama, o memorial acolhe regularmente eventos em memória dos atentados, organizados pelos residentes da região e pelo pessoal que trabalhou nas operações de resgate.
"O Memorial do 11/9 é um belo local de reflexão, um símbolo de perseverança e um lugar sagrado para nos lembrarmos dos trágicos episódios que aconteceram há onze anos", afirmou o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg.
O Memorial, aberto dez anos depois dos atentados em memória dos quase três mil mortos, foi desenhado por Michael Arad e Peter Walker, e é formado por duas piscinas gigantes situadas exatamente onde se encontravam as Torres Gêmeas destruídas nos atentados.
As piscinas possuem uma fina queda d"água de dez metros de altura na lateral, e são cercadas por um parapeito com os nomes escritos em bronze das 2.983 pessoas que morreram nos ataques em Nova York, e dos falecidos no Pentágono e na Pensilvânia no mesmo dia, além dos mortos no primeiro atentado contra o World Trade Center, em 1993.
O monumento está cercado por árvores e seu conjunto é um convite à reflexão e a serenidade. Ontem, o local foi o palco da cerimônia em memória pelo 11º aniversário dos atentados.
Próximo ao memorial, as obras de um museu sobre o 11 de setembro serão reiniciadas em breve, após quase um ano de interrupção devido às disputas entre os estados de Nova York e Nova Jersey e a prefeitura nova-iorquina sobre o financiamento de sua construção e funcionamento.
Na tarde da última segunda-feira foi anunciado um acordo entre as três partes para reiniciar a construção do museu, que provavelmente não abrirá suas portas antes de 2014.
O museu já conta com fotografias de mais de 2.960 vítimas e planeja incluir também objetos relacionados com os atentados, mensagens e lembranças das pessoas que viveram o 11 se setembro, assim como reflexões sobre o significado dos ataques.