Mundo

Membros do Congresso dos EUA pedem investigação da WikiLeaks

Congressista defendeu que o site seja declarado uma entidade terrorista; deputados temem problemas para diplomacia do país

O congresso quer que o Departamento de Justiça investigue o WikiLeaks  (Lawrence Jackson/White House)

O congresso quer que o Departamento de Justiça investigue o WikiLeaks (Lawrence Jackson/White House)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2010 às 14h46.

Washington - O congressista republicano Peter King pediu para que o Governo dos Estados Unidos investigue a organização WikiLeaks e que analise a possibilidade de incluí-la na lista de grupos que Washington considera terroristas.

King, de Nova York, se manifestou depois que a WikiLeaks divulgou mais de 250 mil documentos, alguns deles secretos, referentes principalmente às comunicações do Departamento de Estado com mais de 270 embaixadas, consulados e missões diplomáticas dos EUA no mundo todo.

O senador independente de Connecticut, Joseph Lieberman, que preside o Comitê de Segurança Nacional, disse que as divulgações arriscaram a vida de muitas pessoas.

Os senadores Claire McCaskill, democrata do Missouri, e Lindsey Graham, republicano da Carolina do Sul, também criticaram duramente a WikiLeaks, durante entrevistas em programas da televisão, e disseram que as informações divulgadas poderiam prejudicar a diplomacia dos EUA no mundo todo.

King, que avaliou a divulgação dos documentos como "pior que um ataque militar", pediu ao Departamento de Justiça e ao Departamento de Estado alguma ação contra WikiLeaks e seu fundador, Julian Assange.

King ainda pediu ao secretário da Justiça, Eric Holder, que processe Assange sob a Lei de Espionagem dos Estados Unidos.

Graham admitiu que ele não sabe exatamente de que maneira a exposição pública dos documentos prejudica os Estados Unidos, mas acrescentou: "Estamos em guerra. O mundo torna-se a cada dia mais perigoso".

McCaskill declarou que as pessoas que publicam esses documentos deveriam fazer um exame de consciência sobre seu patriotismo.

"Espero que possamos descobrir de onde vem isto e que possamos punir os que entregaram as informações", ressaltou a senadora.

Acompanhe tudo sobre:DiplomaciaEstados Unidos (EUA)Países ricosPolíticaWikiLeaks

Mais de Mundo

Trump avalia adiar proibição do TikTok por 90 dias após assumir presidência dos EUA

Rússia admite ter atingido alvos em Kiev em retaliação aos ataques de Belgorod

Mídia americana se organiza para o retorno 'vingativo' de Trump

'Vários feridos' em acidente com teleférico em estação de esqui na Espanha