Makoto Hirata, de 48 anos: Hirata não será julgado pelo ataque contra o metrô, e sim por outros crimes (Tokyo Metropolitan Police Dept/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2014 às 08h19.
Tóquio - O julgamento de um ex-adepto da seita japonesa Aum Shinrikyo começou nesta quinta-feira, no Japão, 19 anos depois de um atentado com gás sarin no metrô de Tóquio, que deixou 13 mortos e traumatizou o país.
Makoto Hirata, de 48 anos, não será julgado pelo ataque contra o metrô, e sim por outros crimes imputados à organização nos anos 1990.
Ele é acusado do sequestro em 1995 de um homem de 68 anos que ajudou sua irmã a escapar da seita Aum. A vítima foi levada para o sopé do Monte Fuji, onde morreu no dia seguinte por afogamento depois de receber uma injeção.
Makoto Hirata, que se entregou à polícia em 2011, nega as acusações.
Ele se uniu à seita em 1984, onde trabalhou na proteção do guru Shoko Asahara, meste de ioga meio cego e fundador da Aum Shinrikyo, que chegou a atrair 10.000 adeptos.
Sob direção de Asahara, a seita realizou diversos crimes, até o espetacular ataque ao metrô.
Em 20 de março de 1995, vários membros da seita liberaram gás sarin na hora do rush pela manhã em várias composições de diferentes linhas, em pleno centro da capital.
Além de 13 mortos, o atentado deixou mais de 6.000 feridos.
Desde então, 13 dirigentes desta seita, incluindo seu guru, foram condenados à morte e esperam por sua execução. No total, 189 membros da seita foram processados.