Buscas: não se sabe quanto tempo pode durar o oxigênio da embarcação caso esta não tenha conseguido renovar o ar (Marcos Brindicci/Reuters)
Reuters
Publicado em 21 de novembro de 2017 às 14h41.
O clima favorável no Atlântico Sul melhorou nesta terça-feira as perspectivas de encontrar um submarino argentino desaparecido há seis dias em meio a uma busca desesperada por ar e por mar para encontrar seus 44 tripulantes com vida.
Os meteorologistas esperavam ondas de cerca de 2 metros na área de busca do submarino ARA San Juan no litoral argentino, muito inferiores às de 8 metros registradas no final de semana.
Até agora a operação, que envolve uma dúzia de aviões e barcos de Argentina, Estados Unidos, Reino Unido, Brasil e Chile, vasculhou cerca de 80 por cento da área na qual se calcula que o submarino poderia estar depois de sofrer um problema elétrico.
"Hoje é um dia chave", disse María Victoria Morales, mãe do tripulante Luis García, um eletricista, no balneário argentino de Mar del Plata, onde está a base naval rumo à qual o submarino se dirigia depois de partir de Ushuaia, a cidade mais austral do mundo.
"Sabemos que são profissionais de primeira, estamos esperançosos", acrescentou ela na base, onde espera junto com as demais famílias.
A busca pelo submarino, que não se sabe se está na superfície ou submerso, desacelerou nos últimos dias devido ao vento forte e a tempestades, por isso agora se espera que a operação será acelerada.
"Confiamos que os barcos designados em cada uma das áreas possam fazer um patrulhamento marítimo eficaz e não estejam contornando o temporal como andaram fazendo nos últimos dias", disse Enrique Balbi, porta-voz da Armada argentina, na noite de segunda-feira.
Em meio à operação de contagem regressiva --porque se desconhece quanto tempo pode durar o oxigênio da embarcação caso esta não tenha conseguido renovar o ar--, a Marinha dos EUA enviou dispositivos de resgate e pessoal especializado.
Também na noite de segunda-feira a Marinha disse que os navios Skandi Patagonia e Sophie Siem, da empresa Total, chegaram a Comodoro Rivadavia, na Patagônia, para trasladar à zona de busca um veículo de resgate operado remotamente, um mini-submarino e um sino de mergulho enviados pelos Estados Unidos.