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Meio milhão de pessoas votam nas primárias pró-democracia de Hong Kong

Secretário do governo afirmou que aqueles que "organizam, planejam e participam" das eleições primárias podem ser culpados pela nova lei de segurança

Hong Kong: em um dia quente, milhares de pessoas esperaram para entrar nos mais de 250 centros de votação (AFP/AFP Photo)

Hong Kong: em um dia quente, milhares de pessoas esperaram para entrar nos mais de 250 centros de votação (AFP/AFP Photo)

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AFP

Publicado em 12 de julho de 2020 às 15h51.

Última atualização em 12 de julho de 2020 às 15h57.

Mais de meio milhão de cidadãos de Hong Kong votaram nas primárias organizadas por partidos pró-democracia para escolher os candidatos nas eleições legislativas, informaram neste domingo (12) os organizadores. 

A participação foi alta, apesar do aviso do governo de que poderia violar a nova lei de segurança imposta por Pequim a esse território semi-autônomo chinês.

Em um dia quente, milhares de pessoas esperaram para entrar nos mais de 250 centros de votação no território. A votação durou dois dias, sábado e domingo.

Após o fechamento dos centros eleitorais, neste domingo às 21h locais, os organizadores informaram ter contabilizado 580.000 eleitores no sistema de votação eletrônica.

"Diante da nova lei de segurança nacional, quase 600.000 pessoas vieram e votaram, e aí que vemos a coragem do povo de Hong Kong", disse o ex-deputado e organizador das primárias, Au Nok-hin.

Os candidatos vencedores serão anunciados na noite da próxima segunda-feira após a contagem, e concorrerão às eleições legislativas de Hong Kong, previstas para setembro, que conta com 70 membros.

Na última quinta-feira, o secretário de Assuntos Constitucionais e Continentais, Erick Tsang, afirmou que aqueles que "organizam, planejam e participam" das eleições primárias podem ser considerados culpados pela nova lei de segurança, de acordo com entrevistas publicadas por vários jornais pró-Pequim.

Apesar dos avisos, centenas de milhares de pessoas foram votar.

Na semana passada, como resposta ao movimento pró-democracia iniciado em 2019, Pequim impôs uma lei de segurança em Hong Kong, prevendo a punição de atos de subversão, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras.

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