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Medo dos bombardeios interrompe protestos em Benghazi

Centro das manifestações contra Kadafi, controle da cidade foi tomado pelos manifestantes

Imagem da TV estatal líbia mostra manifestantes pró-Kadafi em Trípoli, a capital (AFP)

Imagem da TV estatal líbia mostra manifestantes pró-Kadafi em Trípoli, a capital (AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2011 às 13h34.

Cairo - Os combates em Benghazi, leste da Líbia, foram interrompidos nesta terça-feira, pois seus habitantes temem a possibilidade de bombardeios aéreos sobre esta cidade situada ao leste de Trípoli, segundo testemunhos feitos por telefone à AFP.

"Desde segunda-feira à noite não há confrontos em Benghazi. O Exército e os manifestantes tomaram o Katiba Fadil Bouamar, o quartel a guarda presidencial, depois de duas horas de combate", explica Usama, um morador de Benghazi.

Esta cidade, a segunda maior do país, é o reduto da oposição ao regime do coronel Muamar Kadafi e o epicentro da revolta que começou em 15 de fevereiro.

Usama, que se apresentou como militar, mas não quis fornecer seu sobrenome, disse ter estado preso no quartel até que foi libertado na sexta-feira por vários jovens. Segundo ele, cada vez que uma cidade cai nas mãos dos insurgentes, o Exército se une aos habitantes.

Também explicou que falou com os colegas em Trípoli e, segundo eles, vários helicópteros dispararam contra quarteis do Exército regular para impedir que os soldados se unissem aos manifestantes.

Este testemunho não pôde ser confirmado por nenhuma fonte.

Outra testemunha, Mayar, que vive ao sudoeste de Benghazi, disse que vai participar na tarde desta terça-feira em uma manifestação em apoio aos habitantes de Trípoli.

"Estamos muito afetados pelo que acontece em Trípoli. Meus irmãos e irmã vivem um pesadelo. Meu marido não conseguiu deixar a capital. Trípoli se encontra em estado de sítio. Kadafi quer exterminar o povo", explicou.

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