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Médicos Sem Fronteiras fecha único centro de saúde remanescente no norte de Gaza em meio a tiroteios

Apenas o hospital Kamal Adwan em Beit Lahia e o hospital indonésio em Jabalia permanecem abertos

Médico Sem Fronteira (MSF) (Spencer Platt/Getty Images)

Médico Sem Fronteira (MSF) (Spencer Platt/Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 11 de julho de 2024 às 08h47.

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou nesta quarta-feira que, em meio a tiroteios, foi obrigada a fechar um centro de saúde na Cidade de Gaza, o único que mantinha aberto no norte da Faixa de Gaza.

"A pressão militar levou a MSF a fechar o último centro de saúde no norte. Os profissionais de saúde estavam tratando os pacientes até que um forte tiroteio os forçou a sair", declarou a organização em comunicado.

A decisão da MSF coincide com a ordem de saída forçada - "ilegal sob a lei humanitária", segundo a entidade - da população remanescente da Cidade de Gaza, a principal do território palestino, que já havia sido obrigada a sair em outubro de 2023, durante os primeiros dias da guerra.

Atualmente, no norte da Faixa de Gaza apenas o hospital Kamal Adwan em Beit Lahia e o hospital indonésio em Jabalia permanecem abertos, mas nenhum na Cidade de Gaza, onde o Al Ahli deixou de funcionar há dois dias.

"Não sabemos para onde ir. Onde dormir, onde se abrigar, onde conseguir comida com todas as padarias fechadas", disse Suhail Habib, funcionário da MSF no enclave, em um vídeo divulgado pela ONG.

O sistema de saúde de Gaza foi completamente devastado em nove meses de uma guerra que já deixou cerca de 38 mil palestinos mortos e 88 mil feridos, de acordo com o Ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas.

Dos 38 hospitais existentes na Faixa de Gaza antes da guerra, 25 foram completamente destruídos ou estão fora de serviço, 13 ainda estão funcionando apenas parcialmente e com sérios problemas de fornecimento de medicamentos, água potável e combustível.

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