Segundo a oposição, mais de 1.300 pessoas, dentre elas muitas crianças, morreram após ataque com armas químicas. (REUTERS/Bassam Khabieh)
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2013 às 14h57.
Paris - Três hospitais próximos a Damasco relataram 355 mortes depois de um suposto ataque químico na última quarta-feira, que levou a 3.600 admissões nos hospitais com sintomas neurotóxicos causados por gás, informou a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), no sábado.
A oposição síria acusou as forças do governo de lançaram gases mortais, na quarta-feira, em subúrbios controlados pelos rebeldes em Damasco, matando homens, mulheres e crianças que dormiam.
Estimativas da oposição para o número de mortos variam de 500 a bem mais que o dobro desse número, mas como observadores da ONU não conseguem visitar o local, não houve uma verificação de órgão independente.
O MSF não tem pessoal próprio na região de Damasco, mas tem apoiado os hospitais e redes de médicos no local desde 2012.
"Os sintomas reportados dos pacientes, além do padrão epidemiológico dos eventos - caracterizado pelo influxo massivo de pacientes num curto período de tempo, a origem dos pacientes, e a contaminação de trabalhadores de assistência médica e de primeiros socorros - indicam fortemente a exposição em massa a um agente neurotóxico", disse o diretor de operações do MSF, Bart Janssens, em um comunicado.
"Isso constituiria uma violação do direito internacional humanitário, que absolutamente proíbe o uso de armas químicas e biológicas".
Janssens disse que a MSF não poderia confirmar a causa dos sintomas ou dizer quem foi o responsável pelo ataque, mas que tinha enviado 7 mil frascos de atropina - um antídoto contra agentes nervosos.