A equipe de médicos ressaltou que apenas em 40 dias será possível saber se o tratamento a que Lula vem sendo submetido é o mais adequado (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2011 às 11h40.
São Paulo - A equipe médica que trata o câncer do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu hoje que ainda é cedo para se fazer qualquer prognóstico a respeito da eventual participação do petista na campanha municipal de 2012. A previsão dos médicos é de que o tratamento de quimioterapia e radioterapia a que Lula será submetido termine em fevereiro do ano que vem. "A discussão sobre o que vai acontecer no ano que vem ainda não se sabe", afirmou o oncologista Paulo Hoff.
A equipe médica ressaltou que apenas em 40 dias será possível saber se o tratamento a que Lula vem sendo submetido é o mais adequado. Entretanto, a avaliação inicial é de que os atuais procedimentos são os mais adequados para este caso. O cirurgião Luiz Paulo Kowalski destacou que foi escolhida a quimioterapia e a radioterapia pois hoje é comprovado que elas apresentam o mesmo potencial de cura que a cirurgia. Com esses procedimentos, o cabelo do ex-presidente deve cair.
Em entrevista coletiva concedida hoje, os médicos consideraram que existe a hipótese, apesar de mínima, de que o ex-presidente sofra uma alteração na voz. Apesar disso, não há restrição para que ele continue falando normalmente durante o tratamento. Para evitar riscos maiores, ele será acompanhado por uma equipe de fonoaudiólogos. Hoje à tarde, Lula será submetido à primeira sessão de quimioterapia e deverá passar a noite no Hospital Sírio-Libanês, onde realiza o tratamento. Ele deverá deixar a unidade médica apenas amanhã.
O cardiologista Roberto Kalil Filho relatou que Lula chegou hoje pela manhã ao hospital "tranquilo" e "de excelente humor". Ele está acompanhado da esposa, Marisa Letícia, e de Paulo Okamoto, diretor do Instituto Lula. A expectativa é de que a presidente Dilma Rousseff o visite no início da noite. A assessoria de Lula informou que, desde sábado, quando foi diagnosticada a doença, ele recebeu ligações de amigos e autoridades, dentre elas dos presidentes da Venezuela, Hugo Chaves, de Cuba, Raul Castro, e da Argentina, Cristina Kirchner.