Mundo

Médico com ebola recebe transfusões de paciente recuperado

Médico americano recebeu uma transfusão de sangue de outro médico, que se recuperou do ebola


	Médico trabalha contra o ebola: médico está sendo tratado do vírus em Nebraska
 (Carl de Souza/AFP)

Médico trabalha contra o ebola: médico está sendo tratado do vírus em Nebraska (Carl de Souza/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 13h44.

Washington - Um médico americano que está sendo tratado do vírus ebola em Nebraska recebeu uma transfusão de sangue de outro médico, que se recuperou da doença, informou nesta sexta-feira o hospital.

Rick Sacra, um missionário cristão de 51 anos, foi infectado por este vírus hemorrágico quando trabalhava como obstetra na Libéria e foi transferido aos Estados Unidos na semana passada para receber tratamento.

O doutor recebeu plasma de Kent Brantly (33), outro médico americano que se infectou da doença durante o verão, quando tratava pacientes em Monróvia, e foi curado em um hospital de Atlanta.

Sacra passou de um estado crítico de saúde a melhores condições depois de uma semana de cuidados no Centro Médico de Nebraska, onde foi submetido a transfusões de plasma e a tratamentos experimentais.

Phil Smith, diretor da unidade de contenção biológica deste hospital, disse que ainda não se sabe qual dos tratamentos ajudou mais Sacra a melhorar.

"Decidimos que estamos mais interessados em salvar Rick que em tentar fazer um estudo, por isso basicamente administramos nele tudo o que temos acesso", disse Smith a repórteres na quinta-feira.

Quando Brantly contraiu esta doença em Monróvia, também recebeu transfusões de sangue de um menino que havia se recuperado deste vírus hemorrágico.

Na semana passada, 200 especialistas da saúde - reunidos em Genebra por dois dias - acordaram que as terapias de transfusão de sangue e soros podem ser utilizadas para combater o ebola imediatamente, enquanto começam os testes para criar uma vacina.

Os especialistas consideram que a presença de anticorpos do ebola no sangue das pessoas que se curaram da doença pode ajudar outros pacientes a combatê-la.

Desde o início do ano, a epidemia de febre hemorrágica, a pior desde seu surgimento, em 1976, deixou mais de 2.400 mortos e infectou mais de 5.000 pessoas em Libéria, Serra Leoa e Guiné, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira.

"Nos países mais atingidos, os números se movem mais rápido que a capacidade para atendê-los", advertiu a diretora da OMS, Margaret Chan, em Genebra.

Acompanhe tudo sobre:DoençasEbolaEpidemias

Mais de Mundo

Com chancela da IMSA, Poker se estabelece como esporte da mente e coroa trajetória de luta da WPF

Para este economista, políticas de Trump podem causar recessão aos EUA já em 2025

Não faz sentido negociar novos compromissos sem acelerar Acordo de Paris, diz Lula no G20

Presidente paraguaio recebe alta hospitalar e retornará hoje à cúpula do G20