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May recebe os líderes autônomos para debater Brexit

Antes da reunião, May ressaltou sua intenção de que o processo de desvinculação do bloco europeu "seja um êxito" e "reforce a união" do Reino Unido

May: esta reunião é o primeiro Conselho ministerial conjunto desde 2014 (Pool/Getty Images)

May: esta reunião é o primeiro Conselho ministerial conjunto desde 2014 (Pool/Getty Images)

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EFE

Publicado em 24 de outubro de 2016 às 11h22.

Londres - A primeira-ministra britânica, a conservadora Theresa May, se reúne nesta segunda-feira com os líderes autônomos do Reino Unido a fim de busca de colaboração e apoio aos planos para o "Brexit".

May recebeu em seu escritório oficial em Downing Street à ministra principal escocesa, a independentista Nicola Sturgeon, e a seus colegas de Gales, o trabalhista Carwyn Jones, e da Irlanda do Norte, a unionista Arlene Foster, que estava acompanhada de seu número dois, o republicano Martin McGuinness.

Esta reunião é o primeiro Conselho ministerial conjunto desde 2014, com o qual a chefe do governo quer envolver as autoridades regionais em sua negociação com a União Europeia.

Antes da reunião, May ressaltou sua intenção de que o processo de desvinculação do bloco europeu "seja um êxito" e "reforce a união" do Reino Unido.

No entanto, os dirigentes autônomos estão preocupados com que Londres possa negociar com Bruxelas um "Brexit" duro, que envolve a saída do mercado único.

Também querem pactuar e submeter à votação de seus respectivos Parlamentos as características gerais da estratégia negociadora, algo ao que a princípio se opõe a líder "tory", que considera que equivaleria a revelar suas cartas à UE.

Escócia e Irlanda do Norte sugeriram, além disso, poder contar com uma relação especial com o bloco comunitário, à margem da adotada pelo resto do Reino Unido, já que suas populações votaram a favor da permanência na UE.

May já descartou um status diferenciado para as diferentes partes do território britânico, o que levou Sturgeon há impulsionar um projeto de lei para um possível segundo referendo de independência na região, depois que o primeiro, em 2014, rejeitou a cisão.

Ao revelar esse projeto, Sturgeon disse que os escoceses devem ter a possibilidade de reconsiderar seu futuro por causa da vitória do "Brexit".

Theresa May antecipou que ativará o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que iniciará a negociação com Bruxelas, antes do final de março de 2017. EFE

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