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May prepara "ambicioso" plano de reformas para o "Brexit"

May disse que exporá esse plano, assim como novos detalhes sobre seus objetivos para o "Brexit", em um discurso que será realizado no início de 2017

Theresa May: "Não se trata só de deixar a União Europeia, mas de mudar para sempre a maneira como funciona este país" (Yves Herman/Reuters)

Theresa May: "Não se trata só de deixar a União Europeia, mas de mudar para sempre a maneira como funciona este país" (Yves Herman/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 18h15.

Londres - A primeira-ministra do Reino Unido, a conservadora Theresa May, adiantou nesta terça-feira que seu governo prepara um "ambicioso" plano de reformas econômicas e sociais para adaptar o país ao novo cenário que terá que enfrentar após sua saída da União Europeia (UE).

Diante do Comitê de Coordenação da Câmara dos Comuns, que reúne os presidentes dos outros comitês da Câmara, May disse que exporá esse plano, assim como novos detalhes sobre seus objetivos para o "Brexit", em um discurso que será realizado no início do próximo ano.

"É importante que compreendamos o significado amplo que teve o referendo (sobre o "Brexit") e que demos uma resposta adequada. Não se trata só de deixar a União Europeia, mas de mudar para sempre a maneira como funciona este país", argumentou a primeira-ministra.

"Por esse motivo, meu governo embarcou em um ambicioso programa de reformas sociais e econômicas, a fim de assegurar que a prosperidade e as oportunidades serão distribuídas por todo o país e que todo o mundo pode ser parte do sucesso que significará a saída da UE", afirmou May.

O discurso no qual definirá as principais linhas desse projeto, para o qual ainda não estipulou uma data, ocorrerá previsivelmente antes de o Executivo publicar um documento oficial sobre sua estratégia para a negociação com Bruxelas sobre o "Brexit".

O ministro para a saída da UE, David Davis, se comprometeu no parlamento a divulgar esse roteiro a partir de fevereiro, enquanto May espera ativar antes de abril o artigo 50 do Tratado de Lisboa, a formalidade que dá início ao período de dois anos de negociações com a UE.

"Eu disse que o governo invocará o artigo 50 antes do fim de março do próximo ano. Vamos cumprir com esse calendário e não espero estender esse processo", comentou a chefe de governo, que poderia ser obrigada a pedir permissão ao parlamento para dar esse passo se a Corte Suprema aprovar no início de 2017 uma sentença prévia do Tribunal Superior que exige esse procedimento.

Além disso, a líder conservadora ressaltou que seu objetivo é chegar a um acordo de rompimento com Bruxelas no prazo estabelecido de dois anos, o que levaria à saída efetiva do Reino Unido do bloco comum antes de abril de 2019.

May se recusou a especificar se planeja submeter à votação parlamentar o pacto que conseguir com Bruxelas, apesar de ter dito que os deputados poderão se pronunciar durante o processo de aprovação da lei que transporá as diretivas europeias ao cânone legal britânico.

Esse processo permitirá que o parlamento se pronuncie "sobre vários aspectos da relação" que o Reino Unido terá com a União Europeia, concluiu a premiê.

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