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May pede mandato forte para o Brexit e promete reduzir imigração

Entre outras medidas, a premiê propôs a elevação dos custos de contratação de estrangeiros e maior custo para que recebam atendimento médico

Theresa May: "Nosso objetivo é reduzir a imigração a níveis sustentáveis", diz a premiê (Dan Kitwood/Pool./Reuters)

Theresa May: "Nosso objetivo é reduzir a imigração a níveis sustentáveis", diz a premiê (Dan Kitwood/Pool./Reuters)

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AFP

Publicado em 18 de maio de 2017 às 11h56.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu nesta quinta-feira aos britânicos que se unam à sua candidatura para enfrentar uma saída da União Europeia que permitirá, após anos de promessas, reduzir a imigração.

Na apresentação do programa eleitoral do Partido Conservador para as eleições de 8 de junho, May propôs a elevação dos custos de contratação dos estrangeiros e que estes pagem mais para receber atendimento médico, entre outras medidas.

"Nosso objetivo é reduzir a imigração a níveis sustentáveis, o que significa uma migração líquida de dezenas de milhares, como vimos nas últimas duas décadas", afirmou Theresa May ao apresentar o programa do Partido Conservador, em Halifax, uma cidade do norte da Inglaterra que votou em peso a favor da saída da UE.

A "migração líquida" é a diferença imigrantes e emigrantes, o parâmetro mais usado pelas autoridades britânicas. Em 2016 foram registrados 273.000 imigrantes a mais que emigrantes.

Primeiro como ministra do Interior (2010-2016) e depois como primeira-ministra, May acompanhou o aumento da chegada de imigrantes, atraídos pelo bom momento econômico, com o desemprego em níveis mínimos históricos (4,6%, o menor índice desde 1975) e um crescimento sólido desde 2010.

"Não existe uma receita simples que vai mudar tudo com os números da migração líquida, mas é preciso ir trabalhando constantemente nisto", respondeu a uma pergunta da imprensa.

"Quando sairmos da UE, teremos a capacidade de impor regras no sistema de imigração que não havíamos conseguido estabelecer", disse.

May antecipou as eleições, inicialmente previstas para 2020, argumentando que desejava fortalecer sua posição antes do início de dois anos de negociações com Bruxelas.

Sob o lema eleitoral "uma liderança forte e estável", May e os conservadores se esforçam para contrapor a figura da primeira-ministra a do questionado líder trabalhista Jeremy Corbyn.

Esta é a primeira eleição legislativa para ambos. A campanha começou com as pequisas apontando uma vantagem de mais de 20 pontos para May, mas a diferença diminuiu esta semana.

A última pesquisa do instituto Ipsos Mori mantém 49% das intenções de voto para os conservadores - constante desde abril -, mas registrou um aumento de oito pontos percentuais para os trabalhistas, que agora aparecem com 34%.

A pesquisa mais recente do YouGov mostra 45% de apoio aos conservadores - quatro pontos a menos que a anterior - e 32% aos trabalhistas, 1% a mais.

Nesta quinta-feira, May voltou a pedir a união do país a sua candidatura para enfrentar a "viagem decisiva".

"É hora de deixar para trás a velha política, a política tribal, e nos unirmos pelo interesse nacional: unidos pelo desejo de fazer do Brexit um grande êxito", afirmou.

"Unam-se a mim nesta viagem, venham comigo enquanto lidero o Reino Unido, fortaleçam a minha luta pelo Reino Unido", completou.

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