Mundo

May classifica de "barbárie" suposto ataque químico na Síria

A primeira-ministra do Reino Unido acrescentou, ainda, que o país está estudando com seus aliados que medidas tomar

Ataque químico (2017): (Ammar Abdullah/Reuters)

Ataque químico (2017): (Ammar Abdullah/Reuters)

E

EFE

Publicado em 9 de abril de 2018 às 12h39.

Copenhague - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, rotulou nesta segunda-feira de "barbárie" o suposto ataque com armas químicas cometido no sábado na cidade de Douma, o último reduto rebelde nos arredores de Damasco, a capital da Síria, e pediu responsabilidades.

"Estamos investigando o que aconteceu na Síria. Se foi um ataque químico, como indicam os primeiros relatórios, será um novo exemplo da brutalidade do regime de Assad", afirmou a premiê em entrevista coletiva conjunta com o chefe de governo dinamarquês, Lars Loekke Rasmussen.

May se disse "horrorizada" pelas imagens do suposto ataque e assegurou que o Reino Unido está estudando com seus aliados que medidas tomar e que, se o ataque químico for confirmado, seu país e seus aliados garantirão "que os culpados assumam suas responsabilidades".

O governo britânico já tinha reivindicado horas antes em comunicado oficial uma investigação "urgente" e exigiu que os supostos autores sejam responsabilizados.

O ataque foi denunciado pela Defesa Civil Síria, um grupo criado por uma ONG britânica que só opera em áreas rebeldes, mas o governo sírio negou e especialistas russos e do Crescente Vermelho asseguram que não encontraram vestígios de substâncias químicas em Douma.

Uma hipotética resposta contra o regime sírio deveria incluir também os países que o apoiam, acrescentou May em Copenhague, em alusão à Rússia, a quem voltou a culpar de estar por trás do envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha em Salisbury, no sul da Inglaterra.

Ao ser questionada sobre as provas para acusar a Rússia pelo envenenaemto, a chefe de governo britânica reiterou que especialistas de seu país confirmaram que o gás utilizado é o "Novichok" e que o mesmo é de fabricação russa.

"Só a Rússia tem capacidade, intenção e motivo para cometer um ataque assim. E essa explicação foi aceita pelo Conselho da Europa e pelos países-membros da União Europeia. Não há outra alternativa plausível", afirmou May.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Guerra na SíriaReino UnidoRússiaSíriaTheresa May

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru