Theresa May: A líder conservadora indicou que se esgotaram "todos os canais diplomáticos possíveis" antes de concordar com EUA e França (Peter Nicholls/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de abril de 2018 às 23h09.
Última atualização em 13 de abril de 2018 às 23h25.
Londres - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, informou em comunicado que autorizou as forças armadas britânicas a conduzir uma ação coordenada com França e Estados Unidos com o objetivo de destruir unidades de armas químicas na Síria.
"O regime sírio tem histórico de utilização de armas químicas contra seu próprio povo da maneira mais cruel e abominável", afirmou May, destacando que o suposto ataque ocorrido no sábado (horário local) em Douma, no qual mais de 75 pessoas teriam morrido, "não deveria surpreender a ninguém".
De acordo com May, um conjunto significativo de informações, que inclui o serviço de inteligência, indica que o regime sírio foi responsável por este ataque.
"Esse padrão persistente de comportamento deve ser interrompido - não apenas para proteger pessoas inocentes na Síria das terríveis mortes e baixas causadas por armas químicas, mas também porque não podemos permitir a erosão da norma internacional que impede o uso dessas armas", pontuou a premiê.
A primeira-ministra britânica afirmou que todos os canais diplomáticos foram utilizados, sem sucesso. "Portanto, não há alternativa viável ao uso da força para destruir e impedir o uso de armas químicas pelo regime sírio. Isso não se trata de intervir em uma guerra civil. Isso não é sobre mudança de regime.
Trata-se de um ataque limitado e direcionado que não agrava ainda mais as tensões na região e que faz todo o possível para evitar vítimas civis. E enquanto esta ação é especificamente sobre dissuadir o regime sírio, também enviará um sinal claro para qualquer outra pessoa que acredita que pode usar armas químicas com impunidade", destacou a premiê, que avaliou ser esta uma ação de interesse nacional.
"Não podemos permitir que o uso de armas químicas se normalize - dentro da Síria, nas ruas do Reino Unido ou em qualquer outro lugar do mundo", concluiu.