Por causa de fortes ondas causadas pela piora das condições meteorológicas, o navio está se movimentando, o que torna arriscado para os bombeiros o trabalho de resgate (Sky TV Italy)
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2012 às 09h00.
Roma - O temporal previsto para as próximas horas na região da ilha italiana de Giglio, onde na noite da sexta-feira naufragou o cruzeiro 'Costa Concordia', ameaça as tarefas para localizar as 16 pessoas que continuam desaparecidas, e inclusive os mergulhadores que trabalhavam no interior do navio tiveram que ser retirados.
Segundo a imprensa italiana, um dos mergulhadores pertencentes ao Corpo de Bombeiros afirmou que abandonaram a embarcação após ouvir um barulho muito forte, como se o navio estivesse em movimento.
A imprensa afirma que por causa de fortes ondas causadas pela piora das condições meteorológicas o navio está se movimentando, embora a notícia não tenha sido confirmada pela unidade de crise que acompanha o naufrágio.
Além disso, o mau tempo pode complicar também os trabalhos de retirada das 2.400 toneladas de combustível, embora, por enquanto, não exista risco de vazamento, de acordo com as autoridades italianas.
Os mergulhadores do corpo de Bombeiros e as equipes de resgate prosseguiram sem pausa suas tarefas de busca e durante a madrugada acharam o corpo de um passageiro, por isso chega a seis o número de mortos no acidente.
O corpo do homem estava em uma parte ainda não inundada e ele estava com o colete salva-vidas. Segundo a unidade de crise que continua com a busca dos desaparecidos, ainda falta localizar dez passageiros e seis membros da tripulação.
Entre estas pessoas está a peruana Erika Soria, de 26 anos, integrante da tripulação, de quem não há notícias desde que foi vista saltando em uma das lanchas.
No domingo, os Bombeiros encontraram os corpos de outras duas pessoas, entre elas o espanhol Guillermo Gual, de 68 anos, que fazia parte de um grupo procedente de Palma de Mallorca e o italiano Giovanni Masia, de 86 anos, de Portoscuso (ilha de Sardenha), que viajava com sua esposa de 83 anos, seu filho, a nora e dois netos.
Os outros três mortos são um peruano membro da tripulação e dois turistas franceses. No domingo foram resgatadas com vida três pessoas, dois passageiros e um membro da tripulação, que tinham ficado presos no navio, mas as equipes de socorro são pessimistas sobre a possibilidade de achar mais pessoas vivas.
A Costa Cruzeiros, empresa responsável pelo 'Costa Concordia', mencionou em comunicado um 'significativo erro humano' do capitão da embarcação como possível causa do naufrágio. Nesta segunda-feira, o presidente e executivo-chefe da companhia, Pier Luigi Foschi, dará uma entrevista coletiva na sede da empresa em Gênova.