Parentes de passageiros do voo EP3704 aguardam informações sobre o acidente próximos ao Aeroporto Mehrabad em Teerã, Irã (ATTA KENARE/AFP/Getty Images/AFP)
EFE
Publicado em 18 de fevereiro de 2018 às 11h42.
O mau tempo dificulta os trabalhos de resgate do avião acidentado neste domingo no Irã com 60 passageiros e seis tripulantes a bordo, cujos restos ainda não foram achados.
O porta-voz da companhia aérea iraniana Aseman Airlines, que operava o ATR-72 acidentado, Mohamad Taqi Tabatabai, explicou à Agência Efe que os funcionários da companhia ainda não conseguiram chegar ao local do acidente.
Tabatabai afirmou que ainda não foi possível confirmar se as 66 pessoas que viajavam no avião ATR-72 morreram, mas que essa foi uma informação dada pelos habitantes da região.
Anteriormente, os veículos de imprensa oficiais iranianos, citando responsáveis da companhia aérea, informaram que todas as pessoas a bordo tinham morrido.
"O local é montanhoso e de difícil acesso", justificou o porta-voz, que apontou às adversas condições meteorológicas como causa do acidente.
O avião, de cerca de 20 anos de antiguidade, decolou de Teerã às 8h local (1h30, em Brasília) com destino à cidade de Yasuj (sudoeste), e caiu na cordilheira Zagros perto da cidade de Samirom, no sul da província central de Isfahan.
Um helicóptero enviado ao local do acidente não conseguiu aterrissar por causa da forte chuva, nevoeiro e vento que atingiam a região.
O porta-voz dos Serviços de Emergência do Irã, Mojtaba Khaledi, disse à televisão estatal que as equipes de socorro estão se aproximando por terra, "mas ainda não avistaram" os restos do avião.
Acredita-se que o aparelho caiu perto da cume da montanha, e os grupos de resgate estão a cerca de duas horas desse ponto.
Mais de 20 equipes de três províncias foram enviadas à zona, anunciou o diretor de operações de resgate do Crescente Vermelho iraniano, Morteza Salimi.
O mau tempo obrigou a cancelar vários voos domésticos no Irã nas últimas 24 horas.