Matteo Renzi: Renzi foi hoje ao Senado lembrar sua vontade de ser "o último primeiro-ministro" que solicita o voto de confiança à câmara alta (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 21h25.
Roma - O líder do novo governo de coalizão da Itália, Matteo Renzi, obteve nesta terça-feira (data local) o voto de confiança do Senado, durante o primeiro dos dois trâmites parlamentares que o futuro primeiro-ministro tem que superar para dar início, definitivamente, a sua legislatura.
Dos 320 senadores que compõem a câmara alta, cinco deles vitalícios, 169 se pronunciaram a favor do governo de Renzi, enquanto 139 votaram contra. Doze senadores, entre eles os vitalícios, não votaram por estar ausentes.
A favor votaram as forças políticas que compõem sua coalizão, concretamente o Novo Centro-Direita (NCD), o Escolha Cívica (SC), os senadores das Autonomias Linguísticas e o próprio Partido Democrata (PD) de Renzi.
Pelo contrário, rejeitaram a criação do governo de coalizão de Renzi os senadores do partido de Silvio Berlusconi, Forza Itália (FI), os da formação separatista Liga Norte (LN) e os do Movimento 5 Estrelas (M5S), do comediante Beppe Grillo.
A votação começou após mais de dez horas de debate, às 0h10 (hora local de terça-feira, 20h10 da segunda-feira de Brasília) e o resultado final foi divulgado 35 minutos depois.
Após apresentar a composição de sua equipe governamental no sábado passado, Renzi foi hoje ao Senado lembrar sua vontade de ser "o último primeiro-ministro" que solicita o voto de confiança à câmara alta.
No programa apresentado pelo ex-prefeito de Florença, de 39 anos, entre outros pontos, está a modificação do Senado, que pretende transformar em um órgão de representação regional para favorecer, segundo sua opinião, a governabilidade da Itália.
Na manhã desta terça-feira, às 10h (6h de Brasília), começará a sessão na Câmara dos Deputados, onde espera-se que Renzi obtenha também o voto de confiança, já que conta com uma estável maioria absoluta na casa, surgida nas eleições de fevereiro.