Primeiro-ministro Mario Monti: "Juntos salvamos a Itália do desastre. Agora a política está renovada. Não adianta se lamentar, se empenhar sim. "Vamos" à política!", escreveu (Andreas Solaro/AFP)
Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 11h45.
Roma - O primeiro-ministro demissionário da Itália, Mario Monti, usou o Twitter para anunciar seu retorno à política e disse que é preciso "renovar a política".
Segundo a imprensa local, Monti escreveu dois tweets na noite de terça-feira, poucas horas depois de ligar para o Chefe de Estado, Giorgio Napolitano; para os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados e os principais líderes políticos, entre eles Silvio Berlusconi, para lhes desejar feliz Natal.
"Juntos salvamos a Itália do desastre. Agora a política está renovada. Não adianta se lamentar, se empenhar sim. "Vamos" à política!", escreveu Monti em um "tweet".
Em uma segunda mensagem, enviada à rede poucos minutos depois, confirmou: "Juntos... vamos à política".
Embora seja feriado na Itália nesta quarta-feira, dia de São Estevão, e os jornais não terem circulado, a imprensa local informa em suas páginas na internet que os dois tweets mostram a "disponibilidade" de Monti de voltar ao cargo de primeiro-ministro após as eleições gerais de 24 e 25 de fevereiro, se - como exigido - houver partidos políticos dispostos a apoiar sua "agenda política" e inclui-la em seus programas eleitorais.
Essa "agenda", ou programa político, chamada "Mudar a Itália. Reformar a Europa por um empenho comum", inclui a introdução de um imposto sobre o patrimônio, um salário mínimo interprofissional e a construção de uma União Europeia mais integrada e solidária.
O programa também propõe continuar o caminho das liberalizações e, por outro lado, tornar mais eficaz a administração pública com "contínuos reajustes das despesas", redução do custo da energia e facilitar o acesso aos empréstimos às empresas.
Por enquanto, Monti conseguiu o total apoio de pequenos partidos centristas, entre eles o Futuro e Liberdade, de Gianfranco Fini, ex-aliado de Berlusconi, e a União de Democratas Cristãos e de Centro, de Pierferdinando Casini.